São Paulo, segunda-feira, 14 de março de 2005

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Instituição subestimou descontrole

DA REPORTAGEM LOCAL

A própria Febem subestimou o descontrole verificado nas unidades do complexo de Franco da Rocha (Grande SP) desde a última quinta-feira. No dia seguinte, no começo da noite, depois de um dia em que os internos andavam livremente nas unidades, houve o estupro de uma educadora social.
A Folha apurou que a assessoria da Presidência da Febem responsável pelo setor de segurança considerou que o complexo, por não apresentar destruição ou fuga na sexta-feira, não era prioridade. As atenções estavam voltadas para o complexo do Tatuapé, que tinha registrado uma fuga em massa.
A tropa de choque da PM só entrou em Franco da Rocha depois do crime. Ontem, o presidente da Febem, Alexandre de Moraes, disse que não houve falha. "E o estupro, segundo as próprias declarações das vítimas, ocorreu exatamente no momento em que a tropa de choque estava entrando."
Uma vítimas de abuso desmentiu o secretário. Segundo ela, depois de ser molestada, voltou para o pátio e fingiu que nada tinha acontecido por medo da reação dos adolescentes. Ela disse que a PM só entrou duas horas depois.
Ontem, mães de internos foram impedidas de entrar no complexo. "A segurança disse que as mães estão em risco, o que é mentira", afirmou Conceição Paganele, presidente da associação de mães. "Agora a segurança impediu as mães de entrar. E por que não agiu na situação de descontrole?" (GP)

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