|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Instituição subestimou descontrole
DA REPORTAGEM LOCAL
A própria Febem subestimou o
descontrole verificado nas unidades do complexo de Franco da
Rocha (Grande SP) desde a última quinta-feira. No dia seguinte,
no começo da noite, depois de um
dia em que os internos andavam
livremente nas unidades, houve o
estupro de uma educadora social.
A Folha apurou que a assessoria
da Presidência da Febem responsável pelo setor de segurança considerou que o complexo, por não
apresentar destruição ou fuga na
sexta-feira, não era prioridade. As
atenções estavam voltadas para o
complexo do Tatuapé, que tinha
registrado uma fuga em massa.
A tropa de choque da PM só entrou em Franco da Rocha depois
do crime. Ontem, o presidente da
Febem, Alexandre de Moraes,
disse que não houve falha. "E o estupro, segundo as próprias declarações das vítimas, ocorreu exatamente no momento em que a tropa de choque estava entrando."
Uma vítimas de abuso desmentiu o secretário. Segundo ela, depois de ser molestada, voltou para
o pátio e fingiu que nada tinha
acontecido por medo da reação
dos adolescentes. Ela disse que a
PM só entrou duas horas depois.
Ontem, mães de internos foram
impedidas de entrar no complexo. "A segurança disse que as
mães estão em risco, o que é mentira", afirmou Conceição Paganele, presidente da associação de
mães. "Agora a segurança impediu as mães de entrar. E por que
não agiu na situação de descontrole?" (GP)
Texto Anterior: Juventude encarcerada: Mais 44 fogem de dois complexos da Febem Próximo Texto: Outro lado: "Não houve falha de segurança" Índice
|