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OUTRO LADO
"Não houve falha de segurança"
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário estadual da Justiça
e Defesa da Cidadania e presidente da Febem, Alexandre de Moraes (PFL), negou falha na segurança do complexo de Franco da
Rocha, onde uma funcionária foi
estuprada por internos na última
sexta-feira.
"O que aconteceu foi lamentável. Agora, isso não se deve ao
atraso ou à ida da tropa de choque. Na hora em que foi comunicado o problema ao setor de segurança, imediatamente o choque
foi acionado e foi até lá", afirmou
o secretário.
As duas funcionárias que foram
molestadas sexualmente pelos internos afirmam que o complexo
estava sob controle dos adolescentes desde o dia anterior. Eles
entraram no complexo às 7h de
sexta-feira, e a violência sexual
ocorreu por volta das 19h.
Mas, apesar de não admitir a falha, Moraes disse que providências estão sendo tomadas para reforçar a segurança.
"Estamos trabalhando em cima
dessa necessidade de maior comunicação entre a área pedagógica e a segurança para que a resposta seja mais rápida."
Moraes disse que não pensa em
outras modificações na equipe
responsável pelo setor de segurança. No "Diário Oficial" do Estado do último dia 5, foi publicado a demissão de um dos coronéis
reformados da PM que faziam
parte desse setor. Ele teria participado da seleção de funcionários
para unidades da Vila Maria em
que foram presos, em janeiro deste ano, por suposta tortura.
Moraes também afirmou que
vai implantar, a partir do final do
mês, o que ele chama de "regime
pedagógico especial" em quatro
unidades destinadas só a internos
com 18 anos ou mais. Dois dos
quatro acusados pelo estupro são
maiores de idade. As unidades escolhidas não foram divulgadas.
Segundo ele, cerca de 2.000 internos -num total de mais de
6.000- têm mais de 18 anos. Desse grupo, 300 têm 20 anos.
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