São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Adesão à vacina da gripe A é baixa entre grávidas e doentes crônicos

Segundo Ministério da Saúde, imunização nesses grupos não passa de 50% do esperado

ANGELA PINHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

LUIZA BANDEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA

O número de vacinas aplicadas contra a gripe A (H1N1)- conhecida como gripe suína- aumentou 57,4% nos últimos três dias e chegou a 20 milhões de doses aplicadas, segundo balanço do Ministério da Saúde com dados de anteontem.
O ministério disse, no entanto, que ainda é insuficiente e "preocupante" a adesão de grávidas e pessoas com doenças crônicas. A imunização nos dois grupos é de 48,7% e 44,2% do público esperado, respectivamente. A cobertura na população de 20 a 29 anos é ainda mais baixa: 20,2%.
Por enquanto, o número total de pessoas imunizadas corresponde a 34,8% do que é esperado até o próximo dia 23. Até essa data, poderão receber a vacina gestantes, pessoas com doenças crônicas, crianças de seis meses a dois anos e a população entre 20 e 29 anos.

Paraná
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse ontem, segundo sua assessoria, que será preciso retirar vacinas de grupos prioritários de outros Estados para vacinar toda a população do Paraná contra a gripe A (H1N1).
Decisão liminar da Justiça Federal do Paraná determinou anteontem que doses da vacina fossem oferecidas para toda a população do Estado, e não só para os grupos determinados pelo Ministério da Saúde.
A declaração foi feita pela manhã, no Conselho Federal de Medicina, em Brasília. Segundo a assessoria, o ministério foi notificado ontem da decisão e pretende recorrer.
Já o governo do Paraná -que também é réu na ação- não foi comunicado sobre a liminar, segundo a assessoria da Secretaria da Saúde. Autoridades do setor no Estado, porém, já haviam manifestado anteriormente o desejo de que a vacina fosse dada a toda a população.
O Ministério Público Federal em Goiás também ajuizou ação civil pública para que a vacina seja oferecida para toda a população do Estado. Ainda não há decisão da Justiça.
Para o Ministério da Saúde, a vacinação em massa não é foco da estratégia porque a doença já está disseminada e sua contenção não é mais possível.


Texto Anterior: Rodovia opera em perfeita condição, diz estatal paulista
Próximo Texto: Paes tenta evitar que Justiça barre remoções em favelas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.