São Paulo, sexta-feira, 14 de maio de 2010

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"Barreira humana é pior do que escada", diz mãe

Marcelo Justo/Folha Imagem
Gabriel e os pais Patrícia e Gleney, no colégio Bandeirantes

FABIANA REWALD
DA REPORTAGEM LOCAL

Foram oito anos de busca até que Patrícia Goloni Lolo, 41, ouvisse de uma dirigente de escola que seu filho seria aceito sem restrições.
Antes disso, ao menos cinco colégios, com mensalidades de até R$ 2.000, usaram as mais diferentes desculpas para dificultar a matrícula de Gabriel, 8, cadeirante. "As barreiras humanas são muito piores do que qualquer escada", diz a mãe.
Hoje, Gabriel está no 3º ano do colégio Maria Imaculada (zona sul de SP).
Mesmo sem estar totalmente adaptado para deficientes, o colégio se dispôs a trabalhar com Patrícia para oferecer boas condições de estudo a Gabriel. "A escola aceitou esse desafio. Nunca vi meu filho tão feliz e tranquilo quanto hoje."
Professora do Bandeirantes, assim como o marido, ela desenvolve no colégio onde trabalha o projeto Vidas (Vivência e Inclusão da Pessoa com Deficiência Através de Atividades e Sensibilização), criado há dois meses, que oferece atividades esportivas para crianças e adolescentes com deficiência física.
Patrícia diz que dará a Gabriel a chance de escolher se quer continuar onde está ou se mudará para o Bandeirantes no 6º ano -quando se inicia o ensino no colégio.


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