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Procuradora foragida se apresenta à Justiça do Rio
Ela chorou ao ouvir a acusação
de que torturou uma criança
DIANA BRITO
DA SUCURSAL DO RIO
A procuradora aposentada
Vera Lúcia Gomes, 66, foragida
havia oito dias, apresentou-se
ontem à Justiça do Rio. Ela
chorou ao ouvir o juiz Guilherme Duarte, da 32ª Vara Criminal, ler os autos do processo em
que é acusada de torturar uma
menina de dois anos que estava
sob sua guarda para adoção.
De turbante e óculos escuros,
Gomes chegou ao Tribunal de
Justiça, no centro do Rio, por
volta das 12h, sem ser reconhecida. Acompanhada de dois advogados, foi ao gabinete do juiz.
Segundo o magistrado, ela disse
apenas que quer apresentar sua
defesa -o prazo é de dez dias.
Quando deixou o fórum, já
presa, para ser encaminhada à
Polinter (Polícia Interestadual), no Andaraí (zona norte),
a procuradora foi hostilizada
por pessoas do lado de fora.
A defesa pediu a revogação da
detenção, mas o juiz negou. Para ele, a soltura pode prejudicar
a colheita de provas. Jair Leite
Pereira, advogado da acusada,
disse que espera obter "pelo
menos" a prisão domiciliar.
Afirmou ainda que a cliente
nega as acusações. "O laudo do
IML afirma que a lesões foram
leves e não causaram nenhum
mal-estar maior na criança."
Laudo complementar do IML
aponta lesões graves na garota.
Da Polinter a procuradora foi
levada para fazer exame de corpo de delito e depois conduzida
ao presídio Bangu 8.
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