São Paulo, sexta-feira, 14 de maio de 2010

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Procuradora foragida se apresenta à Justiça do Rio

Ela chorou ao ouvir a acusação de que torturou uma criança

DIANA BRITO
DA SUCURSAL DO RIO

A procuradora aposentada Vera Lúcia Gomes, 66, foragida havia oito dias, apresentou-se ontem à Justiça do Rio. Ela chorou ao ouvir o juiz Guilherme Duarte, da 32ª Vara Criminal, ler os autos do processo em que é acusada de torturar uma menina de dois anos que estava sob sua guarda para adoção.
De turbante e óculos escuros, Gomes chegou ao Tribunal de Justiça, no centro do Rio, por volta das 12h, sem ser reconhecida. Acompanhada de dois advogados, foi ao gabinete do juiz. Segundo o magistrado, ela disse apenas que quer apresentar sua defesa -o prazo é de dez dias.
Quando deixou o fórum, já presa, para ser encaminhada à Polinter (Polícia Interestadual), no Andaraí (zona norte), a procuradora foi hostilizada por pessoas do lado de fora.
A defesa pediu a revogação da detenção, mas o juiz negou. Para ele, a soltura pode prejudicar a colheita de provas. Jair Leite Pereira, advogado da acusada, disse que espera obter "pelo menos" a prisão domiciliar.
Afirmou ainda que a cliente nega as acusações. "O laudo do IML afirma que a lesões foram leves e não causaram nenhum mal-estar maior na criança." Laudo complementar do IML aponta lesões graves na garota.
Da Polinter a procuradora foi levada para fazer exame de corpo de delito e depois conduzida ao presídio Bangu 8.


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