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Para polícia, não há motivo para pânico
DA REPORTAGEM LOCAL
De acordo com o delegado seccional da zona sul, Aldo Galiano,
apenas três vítimas atacadas nas
proximidades da Unifesp procuraram a 16º DP da Vila Clementino e a 2ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), também localizada no bairro.
Um crime ocorreu neste mês,
outro em março e um terceiro em
novembro do ano passado. Por
meio da descrição feita pelas vítimas, foram produzidos dois retratos falados. Um dos suspeitos é
negro e o outro, pardo. O delegado, porém, acredita se tratar da
mesma pessoa porque as características de ambos são muito parecidas. "É possível confundir pardo e negro", afirmou.
O suspeito, ainda segundo a polícia, mede entre 1,70 m e 1,75 m, é
magro, possui cabelos e olhos escuros e aparenta ter pouco mais
de 20 anos. Ele aborda as vítimas a
pé e usa uma faca para ameaçá-las. A polícia investiga outros dois
casos ocorridos na Loefgreen em
janeiro e maio, um perto da estação de metrô Santa Cruz e um no
viaduto da 23 de Maio. O delegado acredita se tratar de outro suspeito porque, além do estupro,
houve roubo. Ao todo, ocorreram
12 casos de violência sexual de outubro de 2004 até este mês na região que abrange os bairros do
Paraíso, Vila Mariana, Vila Clementino e Ibirapuera (todos na
zona sul).
Galiano diz que não há motivo
para pânico,mas admite que o número de ocorrências pode estar
subdimensionado, pois muitas
vítimas de violência sexual sentem-se constrangidas em ir à delegacia. "Às vezes a pressão para
não denunciar vem da própria família. Mas a polícia trabalha em
cima das ocorrências, as vítimas
devem procurar uma delegacia."
Segundo o delegado, equipes da
16º DP, da 2ª DDM, do setor operacional e do serviço de investigações gerais da seccional estão investigando os casos.
Mulheres que sofrerem violência sexual devem procurar um
serviço de assistência à saúde para
tomar remédios anti-retrovirais e
pílula do dia seguinte para evitar
gravidez. É recomendável que os
medicamentos sejam ingeridos
até 72 horas após o estupro.
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