São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 2005

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Para polícia, não há motivo para pânico

DA REPORTAGEM LOCAL

De acordo com o delegado seccional da zona sul, Aldo Galiano, apenas três vítimas atacadas nas proximidades da Unifesp procuraram a 16º DP da Vila Clementino e a 2ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), também localizada no bairro.
Um crime ocorreu neste mês, outro em março e um terceiro em novembro do ano passado. Por meio da descrição feita pelas vítimas, foram produzidos dois retratos falados. Um dos suspeitos é negro e o outro, pardo. O delegado, porém, acredita se tratar da mesma pessoa porque as características de ambos são muito parecidas. "É possível confundir pardo e negro", afirmou.
O suspeito, ainda segundo a polícia, mede entre 1,70 m e 1,75 m, é magro, possui cabelos e olhos escuros e aparenta ter pouco mais de 20 anos. Ele aborda as vítimas a pé e usa uma faca para ameaçá-las. A polícia investiga outros dois casos ocorridos na Loefgreen em janeiro e maio, um perto da estação de metrô Santa Cruz e um no viaduto da 23 de Maio. O delegado acredita se tratar de outro suspeito porque, além do estupro, houve roubo. Ao todo, ocorreram 12 casos de violência sexual de outubro de 2004 até este mês na região que abrange os bairros do Paraíso, Vila Mariana, Vila Clementino e Ibirapuera (todos na zona sul).
Galiano diz que não há motivo para pânico,mas admite que o número de ocorrências pode estar subdimensionado, pois muitas vítimas de violência sexual sentem-se constrangidas em ir à delegacia. "Às vezes a pressão para não denunciar vem da própria família. Mas a polícia trabalha em cima das ocorrências, as vítimas devem procurar uma delegacia."
Segundo o delegado, equipes da 16º DP, da 2ª DDM, do setor operacional e do serviço de investigações gerais da seccional estão investigando os casos.
Mulheres que sofrerem violência sexual devem procurar um serviço de assistência à saúde para tomar remédios anti-retrovirais e pílula do dia seguinte para evitar gravidez. É recomendável que os medicamentos sejam ingeridos até 72 horas após o estupro.


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