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Bairro à beira de represa registra problemas
DA AGÊNCIA FOLHA
A distribuição da água na
Grande São Paulo também
enfrenta problemas, segundo Mônica Porto, professora
da Politécnica da USP. "Os
bairros centrais têm mais infra-estrutura e, em muitos
casos, a população diminui.
Já na periferia a população
aumenta, sem condições
apropriadas, o que sobrecarrega o sistema", diz ela.
O crescimento demográfico da região periférica de
São Paulo é cerca de oito vezes maior que o aumento
populacional das regiões
centrais, segundo o IBGE.
Isabel dos Santos Silva é
moradora do Parque Cocaia,
a 25 km do centro da cidade,
na zona sul, e ainda enfrenta
problemas de abastecimento de água. "Falta menos
água do que antes, mas na
semana passada mesmo faltou água em um dos dias."
Cocaia fica às margens da
represa Billings, um dos mananciais da cidade de São
Paulo que enfrentam problemas de poluição. A região
é alvo de ocupação clandestina de áreas de proteção.
Quando Silva deixou Canindé (141 km de Fortaleza),
a cidade havia passado, no
início da década de 70, por
uma grande seca, que prejudicou a plantação de subsistência da família. Passou por
Fortaleza e, em 1977, desembarcou em São Paulo, onde o
marido arrumou emprego
como operário. Foi morar
nas proximidades da Billings, que ainda enfrenta falta de água. No bairro de Pinheiros, na zona oeste da cidade, onde Silva trabalha como empregada doméstica,
não falta água.
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