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São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2003

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Bairro à beira de represa registra problemas

DA AGÊNCIA FOLHA

A distribuição da água na Grande São Paulo também enfrenta problemas, segundo Mônica Porto, professora da Politécnica da USP. "Os bairros centrais têm mais infra-estrutura e, em muitos casos, a população diminui. Já na periferia a população aumenta, sem condições apropriadas, o que sobrecarrega o sistema", diz ela.
O crescimento demográfico da região periférica de São Paulo é cerca de oito vezes maior que o aumento populacional das regiões centrais, segundo o IBGE.
Isabel dos Santos Silva é moradora do Parque Cocaia, a 25 km do centro da cidade, na zona sul, e ainda enfrenta problemas de abastecimento de água. "Falta menos água do que antes, mas na semana passada mesmo faltou água em um dos dias."
Cocaia fica às margens da represa Billings, um dos mananciais da cidade de São Paulo que enfrentam problemas de poluição. A região é alvo de ocupação clandestina de áreas de proteção.
Quando Silva deixou Canindé (141 km de Fortaleza), a cidade havia passado, no início da década de 70, por uma grande seca, que prejudicou a plantação de subsistência da família. Passou por Fortaleza e, em 1977, desembarcou em São Paulo, onde o marido arrumou emprego como operário. Foi morar nas proximidades da Billings, que ainda enfrenta falta de água. No bairro de Pinheiros, na zona oeste da cidade, onde Silva trabalha como empregada doméstica, não falta água.


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