DA REPORTAGEM LOCAL

Cerca de 200 pessoas compareceram ontem ao Procon de Santo André, no ABC paulista, para esclarecer dúvidas sobre o aumento de 47,10% da SulAmérica Seguros aos contratos de planos de saúde.
Após o anúncio do reajuste das mensalidades, a empresa passou a ocupar na cidade a liderança das reclamações dos consumidores, que já passam das 1.800. Em 2003, a Telefônica, responsável por 1.700 reclamações recebidas pelo Procon da cidade, foi a campeã.
Elizabete Fernandes estava indignada. "Se o Brasil inteiro não pagar à Sul América, a empresa quebra e o governo vai ter que tomar uma atitude", disse.
Muitos dos consumidores presentes vivem com o salário da aposentadoria e gastam grande parte de sua renda com a saúde.
Eudócia Costa, 74, é conveniada à empresa desde 1991. Ela recebe um salário mínimo de aposentadoria (R$ 260) e pagava -até o aumento- R$ 266 por mês pelo plano de saúde, graças à ajuda que recebe da filha.
Inês Maria da Cruz Bucalon, 67, tem plano de saúde da Sul América há 11 anos. Sua mensalidade subiu de R$ 379,00 para R$ 558,00. "Como vou pagar se recebo R$ 600,00 por mês?"
Pesquisa feita pelo Procon nos consultórios e hospitais de Santo André aponta que o valor da consulta paga pela empresa aos médicos subiu de R$ 24,90 para R$ 29,00, aumento muito abaixo do recebido pelos consumidores.


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