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PM mata garota por engano no Paraná
Carro em que jovem de 20 anos estava bateu em um veículo da polícia que perseguia outro automóvel; policiais desceram atirando
PMs disseram pensar que a batida havia sido proposital; corporação diz lamentar "profundamente" o fato e que vai investigar o caso
DA AGÊNCIA FOLHA
Uma jovem de 20 anos foi
morta por engano pela Polícia
Militar do Paraná durante uma
perseguição ontem no interior
do Estado. Ela estava em um
carro com um outro jovem durante a madrugada em uma rodovia estadual em Porto Amazonas (78 km de Curitiba).
Antes da morte, policiais tentavam interceptar um carro
que havia furado bloqueios na
estrada. Durante a perseguição,
o veículo onde estava Rafaele
Ramos Lima bateu acidentalmente em um carro da PM.
Após o choque, policiais desceram do carro atirando e acertaram um tiro na cabeça da jovem, segundo nota da PM. Ela
foi socorrida e levada a um hospital, mas não resistiu. O motorista, Diogo Soldi, ficou ferido.
Depois dos tiros, ele saiu do
veículo e se deitou no chão. De
acordo com a polícia, ele foi levado para um hospital de Curitiba. Os dois jovens viviam em
Porto Amazonas.
De acordo com a PM, após o
acidente, os policiais pensaram
que a batida havia sido provocada propositalmente para deter o carro da PM por comparsas dos fugitivos.
A PM afirmou que já abriu
procedimento administrativo
para apurar os fatos e que pediu
o acompanhamento do Ministério Público no caso.
"A Polícia Militar do Paraná
lamenta profundamente os fatos ocorridos na madrugada
deste domingo", diz a nota.
Os dois policiais envolvidos
na ação, Dioneti Rodrigues e
Luís Gustavo Landmann, permanecem em uma unidade da
PM na cidade de Ponta Grossa.
As armas usadas foram apreendidas e serão periciadas.
Horas depois da morte, policiais encontraram abandonado
o carro usado pelo fugitivo que
deu origem à perseguição. Segundo a PM, o veículo estava
carregado com cigarros trazidos do Paraguai. A Polícia Militar diz que o fugitivo chegou a
atirar contra policiais na fuga.
João Roberto
Na semana passada, o menino João Roberto Amorim Soares, 3, morreu após o carro da
família dele ter sido alvejado
por policiais militares no Rio.
Os PMs argumentaram que
perseguiam ladrões.
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