São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2008

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PM mata garota por engano no Paraná

Carro em que jovem de 20 anos estava bateu em um veículo da polícia que perseguia outro automóvel; policiais desceram atirando

PMs disseram pensar que a batida havia sido proposital; corporação diz lamentar "profundamente" o fato e que vai investigar o caso


DA AGÊNCIA FOLHA

Uma jovem de 20 anos foi morta por engano pela Polícia Militar do Paraná durante uma perseguição ontem no interior do Estado. Ela estava em um carro com um outro jovem durante a madrugada em uma rodovia estadual em Porto Amazonas (78 km de Curitiba).
Antes da morte, policiais tentavam interceptar um carro que havia furado bloqueios na estrada. Durante a perseguição, o veículo onde estava Rafaele Ramos Lima bateu acidentalmente em um carro da PM.
Após o choque, policiais desceram do carro atirando e acertaram um tiro na cabeça da jovem, segundo nota da PM. Ela foi socorrida e levada a um hospital, mas não resistiu. O motorista, Diogo Soldi, ficou ferido.
Depois dos tiros, ele saiu do veículo e se deitou no chão. De acordo com a polícia, ele foi levado para um hospital de Curitiba. Os dois jovens viviam em Porto Amazonas.
De acordo com a PM, após o acidente, os policiais pensaram que a batida havia sido provocada propositalmente para deter o carro da PM por comparsas dos fugitivos.
A PM afirmou que já abriu procedimento administrativo para apurar os fatos e que pediu o acompanhamento do Ministério Público no caso.
"A Polícia Militar do Paraná lamenta profundamente os fatos ocorridos na madrugada deste domingo", diz a nota.
Os dois policiais envolvidos na ação, Dioneti Rodrigues e Luís Gustavo Landmann, permanecem em uma unidade da PM na cidade de Ponta Grossa. As armas usadas foram apreendidas e serão periciadas.
Horas depois da morte, policiais encontraram abandonado o carro usado pelo fugitivo que deu origem à perseguição. Segundo a PM, o veículo estava carregado com cigarros trazidos do Paraguai. A Polícia Militar diz que o fugitivo chegou a atirar contra policiais na fuga.

João Roberto
Na semana passada, o menino João Roberto Amorim Soares, 3, morreu após o carro da família dele ter sido alvejado por policiais militares no Rio. Os PMs argumentaram que perseguiam ladrões.


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