São Paulo, sábado, 14 de agosto de 2010 |
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Após reforma de R$ 1 mi, mausoléu segue deteriorado Memorial, que fica sob o Obelisco do Ibirapuera, está repleto de infiltrações Fechado para visitação desde 2002, local ainda precisa passar por obras de R$ 8 milhões para solucionar problemas
LETICIA DE CASTRO DE SÃO PAULO Fechado desde 2002 por problemas de conservação, o mausoléu do Obelisco do Ibirapuera -erguido em homenagem aos combatentes da Revolução Constitucionalista de 1932- segue com problemas de infiltração e umidade mesmo após uma reforma que consumiu mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos. Os amplos salões revestidos de mármore travertino -que guardam restos mortais de combatentes da revolução, uma escultura em homenagem aos estudantes Martins, Miragaia, Drausio e Camargo (cujas mortes foram o estopim da revolução) e mosaicos em pastilhas venezianas- ainda não têm previsão de reabertura. Para que o monumento projetado pelo arquiteto ítalo-brasileiro Galileo Emendabili e tombado pelo patrimônio histórico do Estado possa ser visitado será necessário investimento de mais R$ 8 milhões, de acordo com cálculo preliminar da Polícia Militar, que administra o Obelisco desde 2006, a partir de estudo feito pela empresa de engenharia Falcão Bauer. Na segunda-feira, o promotor Washington Luis de Assis, da Promotoria do Meio Ambiente, vistoriou o local. Ele fará uma recomendação para que o governo do Estado apresente em 90 dias um projeto de recuperação total do Obelisco e transfira a sua administração para a Secretaria de Estado da Cultura. "Esse monumento precisa ser recuperado, transformado em museu e devolvido à população", diz o promotor. Assis é o atual responsável pelo inquérito civil aberto em 2004 para apurar a má conservação do monumento e a instalação de publicidade de uma empresa de telefonia no Obelisco. A empresa era patrocinadora de obras de restauro iniciadas na época mas que nunca foram concluídas por problemas judiciais. IMPERMEABILIZAÇÃO Em 2008, a PM deu início às obras de impermeabilização -que custaram R$ 815 mil e foram executadas pela Lumar Construções Ltda- e de reforma elétrica -R$ 209 mil, executadas pela Hersa. Concluída em abril de 2009, a obra realizou a impermeabilização da laje do obelisco e do chafariz, mas não resolveu o problema. Infiltrações e manchas continuaram a aparecer no interior do mausoléu, que fica abaixo do obelisco. A PM pediu um laudo a uma empresa de engenharia. A conclusão: para que o monumento fique pronto para visitação, é necessário impermeabilizar as paredes laterais, além de recuperar os pilares das escadas e reformar os sanitários. Texto Anterior: Augusta Monteiro Tirotti (1912-2010): Imigrante portuguesa e tecelã Próximo Texto: Reforma foi útil, mas insuficiente, diz Polícia Militar Índice |
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