Policiais perseguiram André Félix por 15 km em Porto Alegre e acharam bebida no carro

Parado, o agente negou estar bêbado; ele foi multado nove vezes em dez minutos e será desligado de empresa de trânsito de Porto Alegre

CRISTINA MORENO DE CASTRO
DA AGÊNCIA FOLHA

Um agente de trânsito foi perseguido por policiais rodoviários federais por 15 km e autuado nove vezes em dez minutos anteontem à tarde em Porto Alegre. O agente estava embriagado, disse a polícia; ele nega.
André Félix, 33, não estava em serviço. Ele é funcionário da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), ligada à Prefeitura de Porto Alegre.
Félix cruzou com um carro da polícia na BR-290, via próxima à entrada de Porto Alegre. Ele dirigia um Honda Civic a 150 km/h, segundo o DPRF (Departamento de Polícia Rodoviária Federal). Em vez de parar, o motorista acelerou e saiu "costurando", diz a polícia.
O agente só foi parado no centro da cidade, quando policiais rodoviários e da Brigada Militar constataram que ele estava alcoolizado, ainda na versão dos policiais.
O termo de "constatação de embriaguez" assinado pelos policiais apontou "voz arrastada, hálito alcoólico, roupas desalinhadas e exaltação". Uma garrafa vazia de Smirnoff Ice (vodca com limonada) foi encontrada sob o assento do motorista, que, nesse momento, segundo o DPRF, tentou agredir os policiais. Félix, então, foi levado para a Polícia Federal.
As nove multas que levou lhe renderão 43 pontos na carteira de habilitação -Félix terá de pagar cerca de R$ 1.700. O agente estava no carro com duas filhas, menores de idade.
O agente foi liberado e responderá a processo por desobediência e resistência.
Ontem, a EPTC disse que Félix "foi desligado" da empresa. A Folha ligou para a sua casa e, segundo seu pai, ele não queria falar do caso. Ao jornal "Zero Hora", o agente negou que estivesse bêbado ou que dirigisse acima da velocidade permitida. Disse ainda que não se negou a fazer o teste do bafômetro.


Texto Anterior: Informática: Horário de verão chegou antes da hora em computadores
Próximo Texto: Cliente reclama de ONG de defesa do consumidor
Índice