DA REPORTAGEM LOCAL

O Guarujá Convention & Visitors Bureau, que representa hotéis, restaurantes e lojas, afirma que os casos de diarreia que vêm sendo registrados desde o final do ano passado estão restritos à periferia da cidade. Por isso, segundo o presidente da entidade, Ricardo Roman, os turistas não devem se preocupar. "Na orla da cidade, isso não está acontecendo", afirma.
No entanto, a Folha esteve no Guarujá na terça-feira e visitou uma clínica particular que tinha a sala de espera cheia. Segundo o médico de plantão, 90% dos pacientes se queixavam de diarreia.
Entre o início de dezembro e anteontem, a prefeitura registrou 1.774 casos de diarreia na cidade. Praticamente a metade ocorreu na virada do ano. A seguir, a entrevista com o presidente do Guarujá Convention & Visitors Bureau: (RW)

 

FOLHA - A situação está caótica?
RICARDO ROMAN - Não está caótica. O que aconteceu foi um problema pontual. Eu sou dono de um hotel quatro estrelas na [praia da] Enseada e nenhum hóspede meu teve problema.

FOLHA - Mas os postos de saúde do Guarujá estão cheios...
ROMAN - Isso é na periferia. Na orla da cidade isso não está acontecendo.

FOLHA - Uma clínica privada perto da praia também tinha doentes...
ROMAN - Muita gente vem para cá nesta época do ano. Recebemos mais de 1 milhão de turistas. Se 1% ficou doente e, desse grupo, 10% foram ao hospital, isso dá mil pessoas. Seria um número dentro do previsto.

FOLHA - Conhece algum doente?
ROMAN - Conheço. Um funcionário meu que consumiu algo de um vendedor ambulante na praia... Mas ele já está bem.

FOLHA - O turismo foi afetado?
ROMAN - Não, essas notícias não afetaram a movimentação. Os hotéis continuarão lotados até o fim de janeiro.


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