DA AGÊNCIA FOLHA

A polícia está investigando a possibilidade de o PCC (Primeiro Comando da Capital) estar envolvido no atentado contra um ônibus que transportava 17 agentes penitenciários de São Vicente (SP), no último dia 29.
Em um Fiat Tipo, supostamente usado na ação e abandonado na mesma noite do crime, foi achado um pano de prato com a inscrição "oprimidos contra opressores". A mesma frase foi escrita em um tecido deixado no prédio da Secretaria da Administração Penitenciária, que sofreu um atentado anteontem. Nesse texto, o PCC assume a autoria do crime.
O laudo que irá concluir se o carro foi usado no ataque ao ônibus só deve ficar pronto na semana que vem.
O ônibus foi abordado por volta das 19h30 no km 285 da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, em São Vicente, por três carros (um Fiat Uno, um Tempra e um Tipo). Seus ocupantes desceram dos veículos e dispararam vários tiros de metralhadora contra o ônibus. O motorista conseguiu fugir.
Oito agentes penitenciários foram baleados e um deles, Janio Antonio de Mendonça, 45, morreu um dia depois do crime. Os outros passageiros sofreram escoriações leves.
A polícia de Praia Grande, responsável pela investigação, suspeita que o atentado tenha sido uma represália pela transferência de presos de Guarulhos, ligados ao PCC, para São Vicente.
(ALESSANDRA KORMANN)


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