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Tratamento de Aids em idosos exige mais cuidados; diagnóstico em geral é tardio
DA REPORTAGEM LOCAL
Os idosos com Aids, em comparação com os jovens, encaram o tratamento de forma diferente e exigem preocupação
redobrada dos médicos.
Quem tem mais de 60 anos,
em geral, faz uso de algum tipo
de remédio para doenças como
hipertensão e diabetes. Na hora
de receitar os remédios do coquetel para Aids, o médico precisará tomar cuidado para que
não haja reação entre as drogas.
O diagnóstico costuma ser
tardio. Quando um idoso é internado por causa de uma
pneumonia, ninguém suspeita
de Aids. A pneumonia é vista
como uma doença da velhice.
Os idosos tendem a ser mais
disciplinados. Não é raro que os
mais jovens simplesmente deixem de tomar os remédios no
fim-de-semana, quando saem
com os amigos e bebem. Essas
interrupções deixam o vírus
mais resistente ao tratamento.
O fato de os idosos muitas vezes
terem alguma doença crônica
acaba facilitando que o tratamento seja seguido à risca. A
aposentada Ruth (nome fictício), 72, põe as cápsulas do coquetel para Aids em frascos de
remédios para pressão e diabetes. "Ninguém imagina que tenho a doença", diz ela.
(RW)
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