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Para CET, motoboys são imprudentes
DA REPORTAGEM LOCAL
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) considera que
a ação dos motoboys no trânsito é
marcada pela imprudência.
"Eles chamam a atenção pela
maneira perigosa de dirigir, sempre ultrapassando veloz e ruidosamente os veículos no trânsito
(...). A maioria é jovem e incauta e,
via de regra, é remunerada por
entrega realizada, o que estimula
a pressa e a imprudência", diz um
trecho de boletim estatístico publicado pela companhia.
Em julho passado, a CET fez
uma pesquisa sobre as diferenças
entre os condutores de motocicletas. O estudo dividiu os condutores em duas categorias: motoboys
(que usam a moto como instrumento de trabalho) e motociclistas (que usam a moto como meio
de transporte ou para lazer).
Segundo o levantamento, em
comparação com os motociclistas, os motoboys, em geral, são
mais jovens, têm menos escolaridade e menor renda e percorrem
quilometragens muito maiores.
Segundo o engenheiro Max Ernani de Paula, do departamento
de segurança no trânsito da CET,
o fato de os motoboys serem remunerados, na maior parte das
vezes, pelo número de entregas,
contribui para eles trafeguem
mais rapidamente e estejam mais
propensos a acidentes.
"A moto é um veículo que não
oferece segurança. Uma batida de
carro, mesmo em velocidade mediana, pode não acarretar consequências graves. Uma batida de
moto, mesmo em velocidade baixa, quase sempre causa ferimentos. A alta velocidade dos motoboys acaba, muitas vezes, sendo
um determinante fatal."
A pesquisa entrevistou 242 motoqueiros (165 motoboys e 77 motociclistas). Em relação à faixa etária, 40% dos motoboys entrevistados tinham até 24 anos. Quanto à
escolaridade, somente 4,8% tinham curso superior, comparados a 26% dos motociclistas.
Cerca de 50% dos motoboys e
37,6% dos motociclistas ganhavam de 1 a 5 salários mínimos.
Quanto à quilometragem, 31,5%
dos motoboys disseram percorrer
de 150 km a 200 km por dia.
(MD)
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