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Famílias dão prioridade aos estudos
DA REPORTAGEM LOCAL
O coreano naturalizado brasileiro Jai Kim, 46, tinha uma
maneira peculiar de mostrar
aos filhos que ele e sua mulher,
Letícia Kim, estavam interessados na educação: evitavam sair
quando eles tinham provas.
O resultado dessa "vigilância" foi que os três filhos conseguiram alcançar seus objetivos
no vestibular. Jorge Kim, 18,
conseguiu uma vaga no disputado vestibular da Faculdade
de Medicina da USP. Juliana e
Alexandre, passaram, respectivamente, para o curso de moda
da Faculdade Santa Marcelina
e para o de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da
Santa Casa de São Paulo.
"Todos os pais têm que cobrar dos filhos, mas nós nos
preocupávamos mais em dar
apoio e criar em casa um ambiente propício ao estudo para
que os três tivessem tranquilidade", afirma Kim, que chegou
ao Brasil aos 15 anos sem falar
uma palavra de português.
Jorge Kim confirma o apoio.
"Eles sempre pagaram os melhores cursos de inglês, escolas
e professores particulares. Eu
percebia que tinha que fazer
minha parte", diz o estudante.
A história da família Kim não
difere da da família de Clarissa
Harumi Omori, 20, ou de Fábio
Tanno, 19. Ambos estudam na
Faculdade de Medicina da
USP. Descendentes de japoneses, os dois dizem que suas famílias sempre deixaram claro
que a educação era prioridade.
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