São Paulo, domingo, 15 de abril de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Famílias dão prioridade aos estudos

DA REPORTAGEM LOCAL

O coreano naturalizado brasileiro Jai Kim, 46, tinha uma maneira peculiar de mostrar aos filhos que ele e sua mulher, Letícia Kim, estavam interessados na educação: evitavam sair quando eles tinham provas.
O resultado dessa "vigilância" foi que os três filhos conseguiram alcançar seus objetivos no vestibular. Jorge Kim, 18, conseguiu uma vaga no disputado vestibular da Faculdade de Medicina da USP. Juliana e Alexandre, passaram, respectivamente, para o curso de moda da Faculdade Santa Marcelina e para o de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
"Todos os pais têm que cobrar dos filhos, mas nós nos preocupávamos mais em dar apoio e criar em casa um ambiente propício ao estudo para que os três tivessem tranquilidade", afirma Kim, que chegou ao Brasil aos 15 anos sem falar uma palavra de português.
Jorge Kim confirma o apoio. "Eles sempre pagaram os melhores cursos de inglês, escolas e professores particulares. Eu percebia que tinha que fazer minha parte", diz o estudante.
A história da família Kim não difere da da família de Clarissa Harumi Omori, 20, ou de Fábio Tanno, 19. Ambos estudam na Faculdade de Medicina da USP. Descendentes de japoneses, os dois dizem que suas famílias sempre deixaram claro que a educação era prioridade.


Texto Anterior: Educação: Fuvest comprova a fama dos asiáticos
Próximo Texto: Gilberto Dimenstein: Um bonde chamado desejo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.