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FUNCIONALISMO
No ES, Polícia Civil e área da saúde têm greve
Paralisação de professores da rede estadual atinge quatro Estados
DA AGÊNCIA FOLHA
DA SUCURSAL DO RIO
Professores estaduais do Rio,
Pará, Bahia e Minas Gerais estão
em greve. A paralisação mais longa ocorre no Rio, onde o movimento completa 71 dias.
No Pará, a paralisação dura 49
dias. Em Belém, após seis dias de
greve de fome, sete professores do
Estado encerraram o protesto,
após terem sido hospitalizados.
Os professores do Pará decidem
hoje se mantêm a greve. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp)
exige reajuste de 80% e diz que a
adesão é de 60% na capital. O Estado quer o fim da greve para negociar e diz que 46% das escolas
não estão tendo aulas normalmente em Belém, onde há 316 mil
alunos na rede estadual.
Diante da ameaça de desconto
dos dias parados, está marcada
para hoje assembléia que decidirá
se os docentes voltam ao trabalho.
Rio
Hoje, haverá nova assembléia
no Rio, mas a diretoria do Sepe
(Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) diz não acreditar no fim do impasse. Segundo o
Sepe, 60% dos cerca de 110 mil
professores do Estado estão parados. Para a Secretaria de Estado
da Educação, não há greve no interior, 30% dos professores estão
parados na região metropolitana
e, na capital, a adesão é de 40%.
Os professores querem que os
aumentos referentes ao plano de
cargos e salários sejam pagos em
quatro vezes. O governo propôs
12 vezes. Anteontem, a governadora Benedita da Silva (PT) disse
que o governo já chegou ao limite
do que é possível oferecer aos
professores. O sindicato contesta.
Bahia
Pelo menos 1,5 milhão de alunos matriculados nas 2.400 escolas estaduais da Bahia estão sem
aulas há 12 dias. Os professores
reivindicam 20 alterações no Estatuto do Magistério Público, que
está tramitando na Assembléia
em regime de urgência.
A secretária Ana Lúcia Castelo
Branco (Educação) diz que todas
as reivindicações dos professores
foram atendidas. Ontem, a secretaria autorizou o corte de ponto
de professores que não comparecerem às aulas a partir de hoje. O
sindicato diz não temer a medida.
Minas
Professores da rede pública estadual de Minas estão em greve
parcial há sete dias. Eles querem
um plano de carreira, elevando os
pisos salariais da categoria em todos os níveis, e o fim das "distorções", como a mesma remuneração entre um servidor recém-contratado e um mais antigo.
Enquanto o Sind-UTE, sindicado dos servidores da área, fala em
65% de adesão, a Secretaria de Estado da Educação diz que 71% dos
professores estão trabalhando.
O governo disse que não tem
condições de reajustar os salários
e que vai cortar os dias parados.
Minas enfrenta um grave problema financeiro. Sem dinheiro para
pagar a dívida do Estado com a
União, está enfrentando bloqueio
dos repasses do FPE (Fundo de
Participação dos Estados).
Espírito Santo
Policiais civis do Espírito Santo,
em greve desde ontem, ameaçam
radicalizar o movimento se não
forem recebidos pelo governo.
Por enquanto, 30% dos 1.800 policiais civis estão trabalhando.
Os policiais querem reajuste de
67% e melhores condições de trabalho. "Estamos há oito anos sem
reajuste. Há 13 mil inquéritos em
Vitória. Na região metropolitana
são 24 mil", disse o presidente do
Sindipol (Sindicato dos Policiais
Civis), José Rodrigues Camargo.
O governo do Estado obteve liminar na sexta que considera ilegal a greve e define multa de R$ 10
mil por dia parado. O Sindicato
dos Investigadores da Polícia Civil diz que não foi notificado.
Servidores da saúde, que estão
em greve desde anteontem, querem gratificação de 10% retroativa a março e concurso público.
Em reunião ontem com o secretário Carlos José Cardoso (Saúde),
foi proposto reajuste de 10% a
partir de junho e um edital de
concurso até 30 de junho.
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