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COMÉRCIO CONTROLADO
Medida, aprovada por acordo de líderes, depende da sanção da prefeita Marta Suplicy para entrar em vigor
Câmara proíbe venda de bebidas em postos
MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A Câmara Municipal de São
Paulo aprovou ontem, em segunda votação, o projeto do vereador
Jooji Hato (PMDB) que proíbe a
venda de bebidas alcoólicas em
postos de gasolina e em suas lojas
de conveniência na cidade.
O projeto, que precisa ser sancionado pela prefeita Marta Suplicy (PT) para entrar em vigor,
estabelece uma multa de R$ 1.500
para quem desobedecer a lei. O
valor é dobrado nos casos de reincidência.
Os vereadores aprovaram o
projeto em votação simbólica
(sem registro de votos individuais), por ser parte do acordo
entre os líderes de bancadas da
Câmara Municipal.
Segundo Hato, a proibição vai
impedir que as pessoas, principalmente menores de idade, dirijam
após consumir bebidas alcoólicas.
"Estamos fazendo isso pelos pais,
que normalmente nem sabem
que seus filhos estão consumindo
bebidas alcoólicas e dirigindo",
disse.
Para o vereador, a lei servirá para prevenir acidentes de trânsito.
"Embora seja proibido comercializar bebidas alcoólicas para menores, esses estabelecimentos
vendem. A lei tem o objetivo de
impedir isso."
Jooji Hato, que é presidente da
CPI dos Postos de Combustíveis
da Câmara (que fiscaliza vazamentos, poluição ambiental, localização dos postos e alvarás de
funcionamento), tem outros projetos polêmicos em relação à venda de bebida alcoólica.
Ele é também autor da lei 12.879
de 1999, que proíbe o funcionamento de bares entre a 1h e as 5h,
caso os estabelecimentos não tenham isolamento acústico, segurança e estacionamento.
A idéia de fechar esses bares
mais cedo desagradou os donos
dos estabelecimentos e seus frequentadores, que foram alvo de
algumas blitze realizadas pelo
Psiu (Programa de Silêncio Urbano) da prefeitura. O ritmo da fiscalização, porém, caiu nos últimos tempos.
O vereador afirma que, apesar
de não ter funcionado totalmente
em São Paulo, a lei foi tomada
com exemplo em cidades do interior e da região metropolitana.
"A lei não está totalmente esquecida. O Psiu fechou mais de
700 bares desde outubro do ano
passado e, só nesse último fim de
semana, autuou 45 dos cem bares
visitados", disse.
Hato diz ter interesse em criar
um novo projeto que diminua de
1h para a meia-noite o horário de
funcionamento de bares sem isolamento acústico na capital.
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