|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Até Polícia Ambiental é alvo de ataques
DA REPORTAGEM LOCAL
DA FOLHA RIBEIRÃO
Até a Polícia Rodoviária Federal
foi alvo de ataques no final de semana e, na tarde de ontem, começou a sofrer ameaças por telefone.
A Polícia Ambiental no litoral teve um atentado a bomba e, no interior, um agente assassinado.
Três integrantes de um Mercedez Classe A passaram atirando
na frente do posto da rodovia Régis Bittencourt -no km 285, em
Itapecerica da Serra- na madrugada de ontem, por volta da 1h30.
Havia três policiais na base, que
não foram feridos na ação. Um
deles estava do lado de fora do
posto e atirou no vidro traseiro do
veículo, que quebrou. Por coincidência, um carro da Rota passou
pelo local e foi informado do ataque. Houve uma perseguição e, 6
km depois, o Classe A não conseguiu fazer um retorno e capotou.
Os integrantes saíram do carro e
houve troca de tiros. Os três policiais, que seguiam os suspeitos,
fecharam a pista para evitar passagem de veículos durante o tiroteio. Os acusados morreram antes
de chegar ao hospital. Foram
apreendidos um revólver, duas
pistolas e uma arma calibre 12.
Segundo a Polícia Rodoviária
Federal, os postos no Estado foram reforçados e agentes de Minas Gerais e do Rio de Janeiro ajudarão no trabalho em São Paulo.
Ontem à tarde, o posto de Itapecerica recebeu telefonemas anônimos com ameaças -os autores
das ligações perguntaram se os
policiais estavam preparados para um novo ataque.
Apesar disso, os policiais aparentavam tranqüilidade no local.
Eles dizem ter ficado surpresos
em terem sido alvo de ataques,
mas afirmam que, com a onda de
violência, já estavam em alerta.
Foram colocados cones em
duas faixas da Régis Bittencourt
no sentido interior -só a faixa
mais distante do posto ficou livre
para a passagem de carros- e um
retorno foi fechado.
Polícia ambiental
Um policial ambiental fardado
foi morto com 14 tiros depois de
deixar a noiva em casa, em Ribeirão Preto, à 1h de ontem. Arildo
Ferreira da Silva, 34, que trabalhava na polícia há 15 anos, morreu
no hospital. Policial desde 1991,
Silva iria se casar no final do ano.
Uma testemunha diz que viu
dois homens atrás de uma árvore,
que teriam atirado contra o policial enquanto ele atravessava a
rua. Silva estava com sua arma
particular, mas não revidou.
No enterro, as mãos enfaixadas
de Arildo traziam um terço, ladeadas pelas camisas do Comercial e Palmeiras. "É revoltante. Essa mãe nunca mais terá Dia das
Mães", disse o amigo Juraci Trindade Ávila. Silva foi a segunda vítima em Ribeirão Preto. Na madrugada de anteontem, o agente
penitenciário Alexandre Luís Lima, 30, foi assassinado com 20 tiros, quando trabalhava como segurança de um motel.
Em Iguape, a Polícia Ambiental
foi alvo de uma bomba caseira. Às
4h, houve uma explosão em frente ao 3º Pelotão Ambiental. A
bomba não causou danos ao prédio e não deixou feridos. Ninguém foi preso.
Texto Anterior: Guerra urbana: Policiais afirmam que não foram alertados Próximo Texto: Guerra urbana: Governo federal oferece ajuda do Exército Índice
|