DA AGÊNCIA FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE E FLORIANÓPOLIS

Com as estradas ainda danificadas pelas chuvas que atingem -há mais de um mês- o Nordeste do país, motoristas têm sido obrigados a pagar até R$ 100 para atravessar, em balsas improvisadas, rios e córregos que tiveram as pontes destruídas pelas enxurradas.
Aproveitando a dificuldade de acesso, alguns "prestam o serviço", principalmente no Maranhão, de acordo com a Defesa Civil do Estado. A má condição das estradas ainda dificulta o transporte de cestas básicas.
Há regiões onde é preciso usar carroça ou o lombo de animais; em outras, só de helicóptero ou de barco.
"As estradas estão bem ruins. Houve enxurradas em vários pontos do Estado", diz o major Abner Ferreira, da Defesa Civil do Maranhão.
No Estado, o número de atingidos pelas enchentes continua a subir. Em apenas um dia, mais 3.000 pessoas tiveram que deixar suas casas e outras 18 mil foram afetadas, principalmente na região central do Estado.
As prefeituras vêm tendo dificuldades de encontrar abrigo para as famílias.
As chuvas já provocaram a morte de 39 pessoas no Nordeste desde abril e deixaram 236 mil fora de suas casas.
Uma mulher caiu de uma canoa está desaparecida em Pindaré Mirim (MA). Em Belo Jardim (PE), outra mulher desapareceu ao atravessar um córrego, anteontem. Caminhões da Defesa Civil com doações seguiam para a cidade pernambucana.
Ao falar sobre a ajuda federal aos municípios do Nordeste (que sofrem com as chuvas) e do Sul (que enfrentam a seca), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em Florianópolis (SC), que "alguém provocou a ira de São Pedro, que mandou água de um ano inteiro em poucos meses".
Sobre Sul, no entanto, acrescentou: "Parece que a seca não vai precisar tanto do dinheiro do governo federal, porque voltou a chover [na região]".


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