São Paulo, quinta-feira, 15 de junho de 2000


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Anistia critica desfecho no Rio

LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Anistia Internacional criticou ontem a morte por asfixia do sequestrador que manteve dez reféns dentro de um ônibus na zona sul do Rio, na segunda-feira.
O sequestrador foi morto por policiais militares no trajeto entre o Jardim Botânico e o hospital Souza Aguiar (centro).
Para a representante da instituição no Brasil, Fiona Macaulay, essa é a possibilidade de o governo brasileiro se posicionar e mudar o histórico de impunidade do país.
"Os policiais do Brasil estão longe de ser juízes e de determinar quem deve viver ou morrer".
Segundo ela, apesar do crime praticado pelo sequestrador, ele tinha direito à defesa na Justiça.
"Quero ver se as autoridades brasileiras vão iniciar uma investigação para saber o que ocorreu dentro do carro da polícia. As pessoas são consideradas culpadas até que o processo termine na Justiça", afirmou Fiona.

Plano de Segurança
A representante da Anistia também criticou o Plano Nacional de Segurança, que está sendo elaborado pelo governo federal.
Para Macaulay, "não adianta mudar a estrutura da instituição se os policiais continuarem agindo com a mesma truculência".
O plano, defendido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, prevê o repasse de verbas aos Estados com o objetivo de reestruturar o sistema penitenciário e de investir em segurança pública.
Para a Anistia Internacional, a maioria das ações violentas no Brasil poderia ser evitada. "Isso seria possível se a polícia fosse mais preparada."



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