|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Anistia critica desfecho no Rio
LILIAN CHRISTOFOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Anistia Internacional criticou
ontem a morte por asfixia do sequestrador que manteve dez reféns dentro de um ônibus na zona
sul do Rio, na segunda-feira.
O sequestrador foi morto por
policiais militares no trajeto entre
o Jardim Botânico e o hospital
Souza Aguiar (centro).
Para a representante da instituição no Brasil, Fiona Macaulay, essa é a possibilidade de o governo
brasileiro se posicionar e mudar o
histórico de impunidade do país.
"Os policiais do Brasil estão longe de ser juízes e de determinar
quem deve viver ou morrer".
Segundo ela, apesar do crime
praticado pelo sequestrador, ele
tinha direito à defesa na Justiça.
"Quero ver se as autoridades
brasileiras vão iniciar uma investigação para saber o que ocorreu
dentro do carro da polícia. As pessoas são consideradas culpadas
até que o processo termine na Justiça", afirmou Fiona.
Plano de Segurança
A representante da Anistia também criticou o Plano Nacional de
Segurança, que está sendo elaborado pelo governo federal.
Para Macaulay, "não adianta
mudar a estrutura da instituição
se os policiais continuarem agindo com a mesma truculência".
O plano, defendido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, prevê o repasse de verbas aos
Estados com o objetivo de reestruturar o sistema penitenciário e
de investir em segurança pública.
Para a Anistia Internacional, a
maioria das ações violentas no
Brasil poderia ser evitada. "Isso
seria possível se a polícia fosse
mais preparada."
Texto Anterior: Policiais pressionaram médicos de hospital Próximo Texto: Pasquale Cipro Neto: "O modo com que a polícia agiu..." Índice
|