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Prefeitura de SP cancela Carnasampa
da Reportagem Local
A Prefeitura de São Paulo anunciou ontem oficialmente o cancelamento do 6º Carnasampa, que
deveria ser realizado no próximo
final de semana na avenida Água
Espraiada, na zona sudoeste.
O prefeito Celso Pitta proibiu a
realização do evento com base em
possíveis incidentes que poderiam ocorrer, apontados pelo
GAC (Grupo de Apoio Comunitário) do Jabaquara.
Segundo a prefeitura, o Carnasampa só poderá ser realizado caso os organizadores aceitem
transferi-lo para o Anhembi.
A Advice, empresa responsável
pela organização do Carnasampa,
afirmou que o GAC do Jabaquara
havia dado parecer favorável à
realização do evento.
Ontem, o GAC encaminhou fax
para a prefeitura dizendo que
"não tem poder para autorizar ou
negar eventos do porte do Carnasampa". Mas também encaminhou outro documento apontando uma série de problemas que
poderiam ser gerados pelo evento, com riscos de acidentes e tumultos.
A Advice afirmou que toda a
documentação exigida pela prefeitura para a realização do evento
está de acordo com as exigências
legais.
A empresa também sustenta
que a prefeitura desconsiderou
documentos apresentados à Secretaria de Governo, que contêm
autorização de outras associações
que concordaram com a realização do evento, incluindo o GAC
de Santo Amaro.
Os organizadores afirmaram
que poderão entrar com um pedido de liminar na Justiça até o final
da semana para garantir a realização do Carnasampa no local.
"Coisas muito estranhas estão
acontecendo. Nós entregamos toda a documentação, conseguimos
a autorização de associações de
bairro e a prefeitura muda a cada
hora as exigências para a liberação do evento", disse Luís Carlos
Adan, um dos organizadores.
Segundo os organizadores, os
problemas com a realização do
evento começaram a surgir depois de um telefonema anônimo,
no qual a pessoa teria dito que a
empresa "precisaria pagar muito
para realizar o evento".
O secretário de Comunicação,
Antenor Braido, disse ontem que
o veto ao Carnasampa com base
na consulta ao GAC é legal, mesmo que os demais documentos
estejam em ordem.
O argumento inicial da prefeitura para vetar o Carnasampa foi
baseado na alegada falta dos documentos necessários para sua liberação.
Além disso, a prefeitura informou que recebeu representação
de entidades de bairro contra a
realização do Carnasampa.
A empresa já vendeu quase
4.000 kits para o desfile nos blocos
(R$ 95) e mais de 50% dos camarotes (R$ 3.000 e R$ 5.000). A empresa ainda não fala em devolver
o que foi pago, porque acredita na
liberação do evento.
Este é o segundo ano consecutivo que o Carnasampa enfrenta
problemas. Em 98, a Administração Regional de Santo Amaro revogou a autorização dias antes do
evento. Mas voltou atrás e liberou.
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