São Paulo, sábado, 15 de setembro de 2007

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Crianças podem se servir à vontade, afirma empresa

DA REPORTAGEM LOCAL

A Secretaria Municipal de Gestão de São Paulo não quis comentar as novas irregularidades apontadas pelo CAE porque elas não foram remetidas oficialmente ao setor de fiscalização da pasta.
A secretaria relativizou as denúncias do conselho porque seu presidente, José Ghiotto Neto, é um dos integrantes da Aprofem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo), entidade que, segundo a secretaria, é "conhecida como contrária à terceirização da merenda".
"Desse 16 casos de irregularidades, [o CAE] só havia encaminhado à secretaria quatro. Esses quatro casos foram apresentados no dia 14 de agosto e os processos de fiscalizações das denúncias se encontram em fase final de conclusão."
A Sistal, que segundo o CAE dividia uma salsicha para três crianças, afirmou que a divisão das salsichas não "tem nenhuma relação com a quantidade oferecida". "A quantidade sempre corresponde às necessidades das crianças, que podem se servir à vontade", diz a nota.
Sobre a qualidade e quantidade de frutas servidas, a empresa disse que "trabalha com normas e processos destinados a garantir a boa qualidade de frutas e legumes" e a quantidade "atende ao "per capita" [quantidade] especificado no edital do contrato".
Sobre a carne com cheiro ruim, a Sistal afirmou que, de fato, identificou problemas com "alguns lotes fora do padrão" e "imediatamente substituímos o fornecedor."
A Terra Azul informou que no período da visita do conselho (6 de agosto) a empresa ainda estava em "implementação dos serviços" já que havia assinado o contrato em 3 de julho e que os problemas estruturais já foram resolvidos. A empresa ressaltou ainda que tem o ISO 9001/ 2000 de qualidade.
Sobre a qualidade da salsicha, que, de acordo com o relatório se dissolve ao ser fervida, informou que ela atende às especificações técnicas definidas no edital, e sua ficha técnica foi enviada e aprovada pela prefeitura. "Vamos realizar novos testes e reavaliar a qualidade deste produto", informou.
As empresas responderam a todos os itens do relatório.
O presidente do CAE disse que a fiscalização do conselho, também composto por pais e representantes do conselho, não escolhe escolas para visitar. "Vamos nas escolas sem saber se é terceirizada ou não. Há terceirizadas, como a De Nadai, que fazem trabalhos perfeitos."


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