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Crianças podem se servir à vontade, afirma empresa
DA REPORTAGEM LOCAL
A Secretaria Municipal de
Gestão de São Paulo não quis
comentar as novas irregularidades apontadas pelo CAE
porque elas não foram remetidas oficialmente ao setor
de fiscalização da pasta.
A secretaria relativizou as
denúncias do conselho porque seu presidente, José
Ghiotto Neto, é um dos integrantes da Aprofem (Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São
Paulo), entidade que, segundo a secretaria, é "conhecida
como contrária à terceirização da merenda".
"Desse 16 casos de irregularidades, [o CAE] só havia
encaminhado à secretaria
quatro. Esses quatro casos
foram apresentados no dia
14 de agosto e os processos
de fiscalizações das denúncias se encontram em fase final de conclusão."
A Sistal, que segundo o
CAE dividia uma salsicha para três crianças, afirmou que
a divisão das salsichas não
"tem nenhuma relação com a
quantidade oferecida". "A
quantidade sempre corresponde às necessidades das
crianças, que podem se servir à vontade", diz a nota.
Sobre a qualidade e quantidade de frutas servidas, a
empresa disse que "trabalha
com normas e processos destinados a garantir a boa qualidade de frutas e legumes" e
a quantidade "atende ao "per
capita" [quantidade] especificado no edital do contrato".
Sobre a carne com cheiro
ruim, a Sistal afirmou que, de
fato, identificou problemas
com "alguns lotes fora do padrão" e "imediatamente
substituímos o fornecedor."
A Terra Azul informou que
no período da visita do conselho (6 de agosto) a empresa
ainda estava em "implementação dos serviços" já que havia assinado o contrato em 3
de julho e que os problemas
estruturais já foram resolvidos. A empresa ressaltou
ainda que tem o ISO 9001/
2000 de qualidade.
Sobre a qualidade da salsicha, que, de acordo com o relatório se dissolve ao ser fervida, informou que ela atende às especificações técnicas
definidas no edital, e sua ficha técnica foi enviada e
aprovada pela prefeitura.
"Vamos realizar novos testes
e reavaliar a qualidade deste
produto", informou.
As empresas responderam
a todos os itens do relatório.
O presidente do CAE disse
que a fiscalização do conselho, também composto por
pais e representantes do
conselho, não escolhe escolas para visitar. "Vamos nas
escolas sem saber se é terceirizada ou não. Há terceirizadas, como a De Nadai, que fazem trabalhos perfeitos."
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