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Jovem é encontrada enterrada na casa do namorado, em Porto Alegre
Corpo de estudante foi colocado em cova e queimado antes de ser escondido
SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O corpo de uma estudante de
18 anos, que estava desaparecida desde terça-feira, foi encontrado ontem enterrado no pátio da casa do namorado, em
Porto Alegre.
Os pais de Luciana Graciano
da Costa prestaram queixa anteontem à Polícia Civil sobre o
desaparecimento da filha. Disseram que haviam visto a filha
pela última vez na terça-feira,
às 17h, quando ela disse que iria
à casa do namorado.
A polícia intimou Alexandre
da Silva Batista, 21, a prestar
depoimento, mas ele disse anteontem que desconhecia o paradeiro de Luciana. Como ele
tinha marcas de mordida nos
braços e arranhões no peito e
no pescoço, policiais resolveram fazer uma busca na casa do
rapaz, e encontraram ontem o
corpo de Luciana no local.
Segundo o inspetor Renato
Almeida, a hipótese mais provável é que Luciana tenha sido
morta por estrangulamento. O
corpo da estudante foi colocado
em uma cova e queimado antes
de ser enterrado. Ela tinha lesões por todo o corpo e um corte profundo no braço.
A cova foi feita poucos metros à frente da porta de entrada da casa de Batista, no bairro
Rubem Berta, região de classe
média baixa na zona norte de
Porto Alegre.
Luciana e Batista eram vizinhos e se conheciam desde
crianças. A estudante tinha um
relacionamento com Batista,
mas a família dela disse à polícia que ele tinha outra namorada. O rapaz foi preso em flagrante por ocultação de cadáver, crime que prevê de um a
três anos de prisão e multa.
A reportagem não teve acesso ao suspeito.
O delegado Juliano Ferreira
disse que Batista negou ter matado Luciana. Em depoimento,
afirmou que dois traficantes
para quem devia dinheiro assassinaram a jovem. Disse que
foi obrigado a ajudar a queimar
e enterrar o corpo, sob ameaças
de morte dos traficantes.
Segundo o delegado, detalhes
da perícia não confirmam a
versão de Batista, que foi encaminhado ao presídio central de
Porto Alegre.
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