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Bala perdida atinge nono andar de prédio
GUILHERME RAVACHE
DA COLUNA MÔNICA BERGAMO
Pouco antes das 2h, Julia (nome fictício) estava
dormindo quando foi
acordada pelo barulho de
um tiroteio. Segundos depois, houve um estrondo
em seu quarto.
A persiana balançou e
estilhaços do reboco da
parede caíram em sua cabeça. A poeira tomou conta do quarto. Uma bala tinha entrado pela janela de
seu apartamento, no nono
andar do prédio.
Depois de perfurar a
persiana, o projétil bateu
na parede -arrancou um
palmo do reboco-, ricocheteou e foi parar a dois
metros dali, no corredor.
"Foi um horror, minha cama fica encostada da janela. A bala passou a um palmo da minha cabeça", diz
Julia, que é diretora de
uma empresa.
Com a bala na mão, a
moradora desceu até a rua,
onde policiais já estavam
no local da troca de tiros.
"A polícia me disse que a
bala devia ser de uma arma de uso do Exército".
Horas após o incidente,
ela diz ainda estar assustada. "Onde estamos? Todos
falam do Rio, mas que cidade é essa em que um cidadão não pode dormir
tranqüilamente com medo de uma bala perdida?"
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