São Paulo, sábado, 15 de setembro de 2007

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Bala perdida atinge nono andar de prédio

GUILHERME RAVACHE
DA COLUNA MÔNICA BERGAMO

Pouco antes das 2h, Julia (nome fictício) estava dormindo quando foi acordada pelo barulho de um tiroteio. Segundos depois, houve um estrondo em seu quarto.
A persiana balançou e estilhaços do reboco da parede caíram em sua cabeça. A poeira tomou conta do quarto. Uma bala tinha entrado pela janela de seu apartamento, no nono andar do prédio.
Depois de perfurar a persiana, o projétil bateu na parede -arrancou um palmo do reboco-, ricocheteou e foi parar a dois metros dali, no corredor. "Foi um horror, minha cama fica encostada da janela. A bala passou a um palmo da minha cabeça", diz Julia, que é diretora de uma empresa.
Com a bala na mão, a moradora desceu até a rua, onde policiais já estavam no local da troca de tiros. "A polícia me disse que a bala devia ser de uma arma de uso do Exército".
Horas após o incidente, ela diz ainda estar assustada. "Onde estamos? Todos falam do Rio, mas que cidade é essa em que um cidadão não pode dormir tranqüilamente com medo de uma bala perdida?"


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