São Paulo, segunda-feira, 15 de outubro de 2007

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Projeto de lei prevê piso nacional para docentes do ensino médio

DA REPORTAGEM LOCAL

Um piso salarial nacional para os professores foi aprovado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados no início deste mês.
O projeto de lei prevê salários de R$ 950 para os docentes das redes municipais e estaduais formados no ensino médio. Não foi estabelecido um piso para os professores formados no ensino superior.
O valor se refere à jornada de, no máximo, 40 horas semanais (incluídas as horas para preparação e correção de atividades) e deve ser atingido gradualmente até 2010.
O projeto de lei terá, ainda, de passar por três comissões da Câmara (Finanças e Tributação, Trabalho, Administração e Serviço Público e Constituição e Justiça) antes de ser encaminhado ao Senado. Estados e municípios que conseguirem provar não ter capacidade de pagar os R$ 950 receberão complementação de recursos da União.
A presidente da Confederação dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Juçara Dutra, considera a aprovação do piso uma conquista para a classe, mas afirma que ele não é suficiente. "Ele é importante, mas queremos ainda um aperfeiçoamento, porque ele não coincide com as necessidades dos trabalhadores em educação."
A CNTE defende R$ 1.050 de piso para professores com nível médio e R$ 1.575 para os que têm nível superior em jornada de 30 horas semanais.

São Paulo
Em São Paulo, o CPP (Centro do Professorado Paulista) também considera que a aprovação do piso de R$ 950 é um avanço, principalmente em algumas regiões do Brasil, mas lembra que a entidade defende um piso nacional de, no mínimo, três salários mínimos (R$ 1.140) para os docentes formados no ensino médio.
"A posição da entidade não significa que ela esteja abandonando a luta por um piso salarial para os professores estaduais de São Paulo de cinco salários mínimos por uma jornada de 20 horas semanais de trabalho", informa o CPP, em nota oficial. (DT)


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