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Projeto de lei prevê piso nacional para docentes do ensino médio
DA REPORTAGEM LOCAL
Um piso salarial nacional para os professores foi aprovado
pela Comissão de Educação da
Câmara dos Deputados no início deste mês.
O projeto de lei prevê salários
de R$ 950 para os docentes das
redes municipais e estaduais
formados no ensino médio.
Não foi estabelecido um piso
para os professores formados
no ensino superior.
O valor se refere à jornada de,
no máximo, 40 horas semanais
(incluídas as horas para preparação e correção de atividades)
e deve ser atingido gradualmente até 2010.
O projeto de lei terá, ainda,
de passar por três comissões da
Câmara (Finanças e Tributação, Trabalho, Administração e
Serviço Público e Constituição
e Justiça) antes de ser encaminhado ao Senado. Estados e
municípios que conseguirem
provar não ter capacidade de
pagar os R$ 950 receberão
complementação de recursos
da União.
A presidente da Confederação dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Juçara Dutra,
considera a aprovação do piso
uma conquista para a classe,
mas afirma que ele não é suficiente. "Ele é importante, mas
queremos ainda um aperfeiçoamento, porque ele não coincide com as necessidades dos
trabalhadores em educação."
A CNTE defende R$ 1.050 de
piso para professores com nível
médio e R$ 1.575 para os que
têm nível superior em jornada
de 30 horas semanais.
São Paulo
Em São Paulo, o CPP (Centro
do Professorado Paulista) também considera que a aprovação
do piso de R$ 950 é um avanço,
principalmente em algumas regiões do Brasil, mas lembra que
a entidade defende um piso nacional de, no mínimo, três salários mínimos (R$ 1.140) para os
docentes formados no ensino
médio.
"A posição da entidade não
significa que ela esteja abandonando a luta por um piso salarial para os professores estaduais de São Paulo de cinco salários mínimos por uma jornada de 20 horas semanais de trabalho", informa o CPP, em nota
oficial.
(DT)
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