São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 2002

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MORTE NA PF

Superintendente admite que preso sofreu tortura

DA SUCURSAL DO RIO

O superintendente da PF (Polícia Federal) no Rio, Marcelo Itagiba, reconheceu ontem que o auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu foi espancado e torturado no dia 8 de setembro, enquanto esteve preso na carceragem do órgão. Abreu foi levado a um hospital, mas morreu. Em depoimento à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, Itagiba não apontou os autores das agressões, mas admitiu a responsabilidade da PF.
"A Superintendência da PF reconheceu, desde o primeiro dia, que qualquer preso é da nossa responsabilidade. A PF tem obrigação de assegurar sua integridade física", afirmou. Segundo Itagiba, "se não houve ação, houve omissão, o que também é de nossa responsabilidade. E pode também ter havido ação e omissão".
O laudo concluiu que Abreu foi vítima de traumatismo craniano causado por "instrumento contundente" e alvo de "crueldade". Ele foi espancado nas dependências da Superintendência da PF.
Itagiba alegou que a demora na conclusão das investigações deve-se ao fato de o inquérito estar retido na Justiça Federal a pedido da Procuradoria da República.
(SABRINA PETRY)


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