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MORTE NA PF
Superintendente admite que preso sofreu tortura
DA SUCURSAL DO RIO
O superintendente da PF (Polícia Federal) no Rio, Marcelo Itagiba, reconheceu ontem que o auxiliar de cozinha Antônio Gonçalves de Abreu foi espancado e torturado no dia 8 de setembro, enquanto esteve preso na carceragem do órgão. Abreu foi levado a
um hospital, mas morreu. Em depoimento à Comissão de Direitos
Humanos da Assembléia Legislativa do Rio, Itagiba não apontou
os autores das agressões, mas admitiu a responsabilidade da PF.
"A Superintendência da PF reconheceu, desde o primeiro dia,
que qualquer preso é da nossa
responsabilidade. A PF tem obrigação de assegurar sua integridade física", afirmou. Segundo Itagiba, "se não houve ação, houve
omissão, o que também é de nossa responsabilidade. E pode também ter havido ação e omissão".
O laudo concluiu que Abreu foi
vítima de traumatismo craniano
causado por "instrumento contundente" e alvo de "crueldade".
Ele foi espancado nas dependências da Superintendência da PF.
Itagiba alegou que a demora na
conclusão das investigações deve-se ao fato de o inquérito estar retido na Justiça Federal a pedido da
Procuradoria da República.
(SABRINA PETRY)
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