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VIA-CRÚCIS
Irmãs foram agredidas durante madrugada em posto de Juqueí
Vítima faz registro após 14 horas
DO ENVIADO A SÃO SEBASTIÃO
Vítimas de agressão, três mulheres chegaram na tarde de ontem à fila de atendimento do 2º
DP de Boiçucanga. As irmãs Lenita, 22, e Lenice Isabel de Lima,
18, e sua amiga Larissa Cristina
de Souza, 15, no entanto, encontraram a porta fechada. Elas tiveram que esperar 14 horas depois
que foram atacadas até conseguirem registrar um boletim de
ocorrência (BO), por volta das
15h30 de ontem.
"Eu fui agredida com um tapa
no rosto à 1h, em um posto de
gasolina em Juqueí", afirmou Lenice. Ela contou que ligou de um
orelhão quatro vezes para a PM,
mas a ligação caía na central de
operações da PM na cidade de
Pindamonhangaba.
"A atendente não conhecia Juqueí. Achava que eu estava falando sobre o Juqueri (clínica psiquiátrica)", disse. Segundo Lenice, elas andaram durante 15 minutos até encontrarem dois policiais ambientais. Um deles ligou
para a PM, que demorou cerca
de 40 minutos para chegar.
"Os policiais me informaram
que eu só poderia registrar o caso no 2º DP, em Boiçucanga,
porque a delegacia de Juqueí estava fechada", disse Lenita.
As três foram para Boiçucanga,
mas o policial de plantão não estava lá no período da manhã.
Elas permaneceram na região e
só à tarde foram atendidas.
Logo em seguida, o técnico de
trânsito da CET Sydnei de Carvalho, 37, chegou à delegacia,
sem carteira, sem relógio e sem o
par de tênis. Às 10h de ontem ele
estava em Juqueí junto com o irmão e duas amigas quando foi
assaltado por um adolescente de
cerca de 15 anos, que estava armado com um revólver.
"Eu liguei para a PM logo após
o roubo e eles demoraram 45 minutos para chegar. Eu fui à delegacia às 11h30, mas o policial havia saído para almoçar. Estou
voltando agora", disse Carvalho.
O investigador de plantão, que
preferiu não se identificar, contou que iniciou o seu turno de
trabalho às 9h de ontem e só sairia às 9h de hoje. "Eu não posso
sair da delegacia em momento
nenhum. Até mesmo para comprar alimentação, tenho que pedir para amigos", disse.
Ele contou também que fica
sozinho nos plantões, sem a presença do delegado, do escrivão e
até mesmo da viatura policial,
que nos finais de semana e feriados ficam no centro de São Sebastião, a 34 km. Caso aconteça
alguma emergência, como o registro de um flagrante, a ocorrência é transferida para a delegacia seccional de São Sebastião.
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