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OUTRO LADO
"Não se faz um policial de uma hora para outra", diz delegado
DO ENVIADO A SÃO SEBASTIÃO
O diretor do Deinter-1 (Departamento de Polícia do Interior),
delegado Claudinê Pascoetto, admitiu que a Polícia Civil da região
de São Sebastião, no litoral norte,
assim como em outras cidades,
enfrenta problemas com a falta de
efetivo para trabalhar nas delegacias. Segundo ele, com a reforma
da Previdência Social muitos policiais se aposentaram prematuramente com receio de perder os
benefícios da carreira.
"Isso ocorreu em todas as áreas,
como na magistratura, no Ministério Público, na educação. Estamos recompondo o efetivo policial. É fácil comprar uma viatura
ou um determinado equipamento, mas não se faz um policial de
uma hora para outra", disse.
"Temos 180 delegados na Academia de Polícia que devem estar
à disposição em fevereiro. Seria
muito mais fácil, em vez de ficar
seis meses na academia, ficar três
e sair para trabalhar. Mas não
queremos isso. Queremos policiais preparados. O mesmo acontece com investigadores, escrivães
e carcereiros. O problema é que
muitos não são qualificados e não
podemos colocar qualquer um
para ficar 30 anos na corporação",
completou Pascoetto.
O delegado do Deinter-1 informou também que o 4º DP, em Juqueí, ainda não existe oficialmente. "Ele foi criado no papel, mas
ainda não foi instalado", afirmou.
Questionado, então, por que um
escrivão trabalha lá durante a semana, ele disse que "foi feito um
acerto para colocar um policial
para que ele tomasse conhecimento das ocorrências".
"Na verdade, aquela área pertence ao 2º DP de Boiçucanga, onde há uma estrutura, com delegado, escrivães", declarou Pascoetto
à reportagem.
O reforço policial, previsto para
chegar ao litoral norte em 15 de
dezembro, foi antecipado para a
próxima semana, de acordo com
Pascoetto. Ele informou que ainda será feito um planejamento
operacional e a escala dos policiais, que contarão com apoio inclusive de helicópteros para fazer
as investigações.
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