São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

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Presidente da Anac acusa imprensa de "terrorismo" na cobertura da crise aérea

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, acusou em discurso a imprensa de "terrorismo gráfico e televisivo" e criação de "estereótipos" durante o recente capítulo de crise nos aeroportos do país.
Minutos depois de suas afirmações, durante uma entrevista, recuou e classificou o discurso como um "desabafo" aos colegas da diretoria.
"Nesta crise do setor que estamos passando e estamos debelando valeu tudo. Só não valeu o que estamos fazendo para corrigir. E não venha me dizer que bem informar a população é dar apenas notícias negativas. Isso é terrorismo. Gráfico e televisivo", afirmou ontem Zuanazzi em seu discurso.
A reclamação sobre as críticas tomou a maior parte do tempo do discurso do presidente da agência de aviação.

"Paradoxo ético"
Ele citou também o que seria um "paradoxo ético" destes "tempos díspares": "Quanto mais ampliamos as nossas comunicações, as redes mundiais e as liberdades que damos a elas, maiores são os pré-julgamentos e as esteriotipagens".
Mais uma vez, Zuanazzi defendeu a diretoria da Anac, que vem sendo alvo de muitas críticas nos bastidores por ser composta apenas de civis.
A agência substituiu neste ano o antigo DAC (Departamento de Aviação Civil) composto por militares, muitos deles pilotos.
Com a mudança, os novos diretores passaram a ser chamados, por representantes das aéreas e militares da Aeronáutica, de "pilotos sem brevê".
Ontem, Zuanazzi citou o currículo de cada um dos cinco diretores como "brevês" em turismo e atividade legislativa, por exemplo.
(IURI DANTAS)


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