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Escritório brasileiro enfrenta dificuldade nos EUA
especial para a Folha
Situação inversa vive o escritório
Noronha Advogados, que enfrenta dificuldades para continuar a
funcionar em Miami (EUA), onde
está instalado desde 1982.
O escritório brasileiro funcionava com advogados enviados do
Brasil e advogados norte-americanos contratados.
Em 1996, a Florida Bar (OAB da
Flórida) decidiu que a banca brasileira não podia mais contratar advogados americanos. A única forma seria admiti-los como sócios.
Segundo Durval de Noronha
Goyos Júnior, sócio fundador do
escritório, a Florida Bar exigiu que
fosse assinado um compromisso
nesse sentido.
Em meados do ano passado, o
documento foi assinado, mas com
a ressalva de que a exigência é uma
violação do que foi estabelecido na
Rodada Uruguai, do então chamado GATT (hoje Organização Mundial do Comércio - OMC).
Noronha afirma que os EUA não
incluíram na sua lista de restrições
ao comércio de serviços profissionais a obrigação de ter sócios americanos. E diz que a lei norte-americana também não fala sobre o assunto.
"Nossa presença lá não viola a
ordem jurídica norte-americana.
Além disso, nós não disputamos
clientes com os advogados locais.
Estamos ali para atender nossos
clientes que têm negócios por lá",
informa Noronha.
Questionado sobre a presença
dos escritórios estrangeiros de advocacia no Brasil, Noronha é taxativo: "Eles violam a ordem jurídica brasileira. Nossa lei exige a inscrição na OAB".
O Noronha Advogados também
está estabelecido em Lisboa (Portugal) e em Londres (Inglaterra).
Em Portugal, os advogados brasileiros podem inscrever-se na ordem dos advogados portugueses.
Em Londres, o escritório pode
contratar advogados ingleses.
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