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POLÍCIA
Ladrões levaram R$ 28,4 mil de posto bancário dentro da sede do Comando Militar do Leste, no centro do Rio
Comando militar é assaltado pela 2ª vez
RONI LIMA
da Sucursal do Rio
Símbolo da segurança máxima
no Estado para muitos fluminenses, a sede do CML (Comando Militar do Leste), no centro do Rio,
voltou a ser atacada por assaltantes de banco. Foi o segundo roubo
em pouco mais de um mês.
Desta vez, dois homens driblaram, ontem de manhã, a segurança do Palácio Duque de Caxias (sede do CML), vigiado 24 horas por
dia por cem soldados da Polícia do
Exército, e roubaram do posto do
banco Real R$ 28,4 mil.
Os gerentes Silvonei Pereira de
Oliveira e Maria Márcia Ferreira e
uma faxineira disseram que foram
rendidos por dois homens armados, sendo deixados amarrados e
amordaçados com fita crepe. Assim como entraram, os dois teriam então saído tranquilamente
pelo portão de acesso do palácio.
No dia 4 de dezembro passado,
um homem roubou sozinho outra
das quatro agências bancárias que
funcionam no pátio interno do
prédio.
Segundo a gerência do posto do
banco Bradesco, foram então levados R$ 10,2 mil.
Diante de mais um assalto praticado no palácio, o assessor de imprensa do CML, coronel Gerson
Ribeiro, reconheceu que há falhas
no sistema de segurança. Segundo
ele, o sistema está sendo revisto.
"Não é problema da quantidade
de homens, mas algo no mecanismo de controle de entrada do prédio que vamos ter de corrigir",
disse. "Estamos furiosos, mas lamentavelmente não existe no
mundo segurança 100%."
Por acreditar nisso, pelo menos
dois homens aguardavam, por
volta das 8h de ontem, a chegada
dos gerentes do posto do Real.
Para alcançar o pátio, devem ter
adotado o procedimento normal
de qualquer visitante do térreo.
Logo que passa pelo portão que dá
para a avenida Presidente Vargas,
o visitante se identifica em uma saleta. Sua carteira de identidade é
devolvida, e ele pode seguir em
frente. Os postos bancários não
mantêm seguranças privadas.
Confiança
Segundo admitiu o próprio coronel Ribeiro, as agências que funcionam no pátio interno (Bradesco, Real, Banco do Brasil e Caixa
Econômica Federal) relaxam na
segurança, confiantes por funcionar na sede do CML.
O gerente Oliveira disse que, ao
chegar à agência, por volta das
8h10, percebeu um oficial retirando dinheiro de um dos caixas eletrônicos da ante-sala. No caixa ao
lado, havia um desconhecido.
Esse homem e outro, ambos
com os cabelos curtos, trajes civis
e portando revólveres, renderam
primeiramente a gerente Ferreira,
que chegava para o trabalho, e
uma faxineira. Teriam então retirado R$ 28,4 mil do cofre da agência e dos caixas eletrônicos.
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