São Paulo, sábado, 16 de janeiro de 1999

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POLÍCIA
Ladrões levaram R$ 28,4 mil de posto bancário dentro da sede do Comando Militar do Leste, no centro do Rio
Comando militar é assaltado pela 2ª vez

RONI LIMA
da Sucursal do Rio

Símbolo da segurança máxima no Estado para muitos fluminenses, a sede do CML (Comando Militar do Leste), no centro do Rio, voltou a ser atacada por assaltantes de banco. Foi o segundo roubo em pouco mais de um mês.
Desta vez, dois homens driblaram, ontem de manhã, a segurança do Palácio Duque de Caxias (sede do CML), vigiado 24 horas por dia por cem soldados da Polícia do Exército, e roubaram do posto do banco Real R$ 28,4 mil.
Os gerentes Silvonei Pereira de Oliveira e Maria Márcia Ferreira e uma faxineira disseram que foram rendidos por dois homens armados, sendo deixados amarrados e amordaçados com fita crepe. Assim como entraram, os dois teriam então saído tranquilamente pelo portão de acesso do palácio.
No dia 4 de dezembro passado, um homem roubou sozinho outra das quatro agências bancárias que funcionam no pátio interno do prédio.
Segundo a gerência do posto do banco Bradesco, foram então levados R$ 10,2 mil.
Diante de mais um assalto praticado no palácio, o assessor de imprensa do CML, coronel Gerson Ribeiro, reconheceu que há falhas no sistema de segurança. Segundo ele, o sistema está sendo revisto.
"Não é problema da quantidade de homens, mas algo no mecanismo de controle de entrada do prédio que vamos ter de corrigir", disse. "Estamos furiosos, mas lamentavelmente não existe no mundo segurança 100%."
Por acreditar nisso, pelo menos dois homens aguardavam, por volta das 8h de ontem, a chegada dos gerentes do posto do Real.
Para alcançar o pátio, devem ter adotado o procedimento normal de qualquer visitante do térreo. Logo que passa pelo portão que dá para a avenida Presidente Vargas, o visitante se identifica em uma saleta. Sua carteira de identidade é devolvida, e ele pode seguir em frente. Os postos bancários não mantêm seguranças privadas.

Confiança
Segundo admitiu o próprio coronel Ribeiro, as agências que funcionam no pátio interno (Bradesco, Real, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) relaxam na segurança, confiantes por funcionar na sede do CML.
O gerente Oliveira disse que, ao chegar à agência, por volta das 8h10, percebeu um oficial retirando dinheiro de um dos caixas eletrônicos da ante-sala. No caixa ao lado, havia um desconhecido.
Esse homem e outro, ambos com os cabelos curtos, trajes civis e portando revólveres, renderam primeiramente a gerente Ferreira, que chegava para o trabalho, e uma faxineira. Teriam então retirado R$ 28,4 mil do cofre da agência e dos caixas eletrônicos.



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