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TRÂNSITO
Veículo foi atingido por carro que atravessou sinal vermelho
Ônibus 'entra' em loja em um acidente e motorista morre
MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local
Um motorista de ônibus morreu
e quatro pessoas teriam ficado feridas levemente em um acidente às
6h30 de ontem envolvendo um
ônibus e dois carros no Itaim Bibi
(zona sudoeste de São Paulo).
Segundo testemunhas relataram
aos policiais militares que atenderam a ocorrência, o acidente teria
sido provocado pelo universitário
Hermano Dias de Aguiar Neto, 18,
que teria atravessado um semáforo vermelho quando seguia pela
rua João Cachoeira, em direção à
avenida Juscelino Kubitschek com
o Fiat Tipo de sua mãe.
O estudante bateu o carro contra
a lateral do ônibus da Viação
Campo Belo, dirigido pelo motorista João de Medeiros, 53, que seguia pela rua Leopoldo Couto de
Magalhães, com o semáforo verde, em direção ao terminal João
Dias. Medeiros trabalhava havia 12
anos somente nessa companhia.
Com o choque, o Tipo foi arremessado contra um poste da rua
Leopoldo, enquanto o ônibus destruiu parcialmente a lateral da loja
de calçados Prana, que ficou fechada durante todo o dia, e bateu
em uma Fiorino que passava do
seu lado esquerdo.
O motorista da Fiorino, Avonilson Simões de Oliveira, 24, foi o
único que depôs oficialmente a
Polícia Civil.
Medeiros foi socorrido por uma
equipe do Corpo de Bombeiros e
levado ao Hospital São Paulo, onde morreu.
Por cautela, o delegado Hamilton Rocha Benfica encaminhou o
estudante para o IML (Instituto
Médico Legal), onde Aguiar Neto
foi submetido a exame clínico de
embriaguez.
O universitário é habilitado para
dirigir e ficou no lugar do acidente
e, por isso, não pôde ser autuado
em flagrante, de acordo com o artigo 301 do novo Código de Trânsito Brasileiro, segundo o delegado Benfica.
Aguiar Neto foi indiciado por
homicídio culposo e responderá a
processo em liberdade. O resultado do exame de embriaguez deve
ser divulgado em até 15 dias.
Medeiros, cujo corpo não havia
sido liberado pelo IML até as 21h,
deverá ser enterrado hoje de manhã no Cemitério do Jardim Marilu, em Itapecerica da Serra (Grande São Paulo), onde ele vivia com a
família.
Segundo Luiz Fiorio, da administração da empresa de viação,
Medeiros era um "ótimo funcionário".
"O ônibus a gente pode até recuperar, mas o motorista, que era
um grande colega, não", disse.
Segundo Fiorio, um advogado
da empresa deve assistir a promotoria na acusação contra Aguiar
Neto. "Vamos acompanhar o
processo criminal, além das providências que tomaremos na área cível", disse.
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