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IML afasta acidente como causa da morte de garota de Ribeirão
da Folha Ribeirão
Laudo do IML (Instituto Médico
Legal) de São Paulo descartou a
hipótese de que a garota de programa Selma Heloísa Artigas da
Silva, 19, tenha morrido em um
acidente. Ela foi arrastada presa
pelo braço à lateral de uma camionete, em setembro de 98, em Ribeirão Preto (319 km de SP).
O motorista do veículo, Pablo
Russel Rocha, 24, afirma que ela se
enroscou ao cinto de segurança.
O resultado da última perícia
chegou anteontem ao Fórum de
Ribeirão. É o segundo laudo que
desconsidera a tese da defesa. Em
novembro, peritos do Instituto de
Criminalística disseram ser impossível a versão do empresário.
Com a análise dos ferimentos no
corpo da vítima, a polícia concluiu
que Selma foi arrastada pelo braço
esquerdo -do lado que fica livre
do cinto de segurança.
O laudo do IML afirma ainda
que a garota de programa teve o
braço amarrado com um "nó duplo" de forca e que morreu em razão do atrito do corpo com o asfalto. No relatório, os peritos dizem
que Selma não poderia ter se enroscado sozinha ao cinto.
A polícia estima que o motorista
da camionete percorreu 1,5 km arrastando a vítima do lado de fora.
Ontem, o promotor José Vicente
Pinto Ferreira pediu ao juiz Luís
Augusto Freire Teotônio que encaminhe o acusado para um júri
popular -única forma de julgar
autores de crime contra a vida.
O promotor denunciou o empresário por homicídio triplamente qualificado.
O advogado de Rocha, Luiz Carlos Bento, disse que o novo laudo
"inventa coisas". "Diz que a
mão dela ficou presa com um nó
duplo, mas não explica como foi
que o corpo acabou arrastado."
Bento pediu ao juiz uma simulação de como a garota de programa
foi arrastada pelo cinto de segurança da camionete. A solicitação
está sendo analisada.
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