DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, disse ontem que o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, insultou os profissionais da advocacia quando acusou a entidade em São Paulo de atuar "de forma fascista".
Em resposta, Britto reagiu dizendo que Pinho fala bobagens. "Se o procurador-geral pode dizer hoje bobagens como essa, é porque o país vive a plenitude democrática, e a OAB tem tudo a ver com isso. Basta consultar os compêndios escolares."
Ele afirmou ainda: "Justiça e insulto são coisas incompatíveis, e isso se aprende na escola". Segundo Britto, Pinho deveria procurar "a instância judiciária para as devidas reclamações, direito pelo qual a OAB lutou, durante décadas, ao enfrentar regimes fascistas".

Rio
Já o presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, classificou de "infeliz" a declaração de Pinho. "Eu diria que tachar de fascista esse comportamento institucional da OAB de São Paulo é que pode ser considerado fascista."
Damous acrescentou que alguns membros do Ministério Público praticam "arbitrariedades e ilegalidades contra a advocacia, chancelam operações policiais, algumas delas ao arrepio da lei como os episódios de invasão de escritórios de advocacia".
(SILVANA DE FREITAS)


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