São Paulo, quarta-feira, 16 de junho de 2004

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Endividamento é destaque na Urbis

DA REPORTAGEM LOCAL

O jeito para administrar São Paulo é "ser criativo", porque "é uma cidade engessada [financeiramente] pelos próximos 30 anos". A avaliação foi feita pela própria prefeita Marta Suplicy, na Urbis, feira internacional de cidades, no Expo Center Norte.
Como exemplo dessa "criatividade", a petista citou o lançamento anteontem do Cepac (Certificado de Potencial Adicional de Construção), título negociado em Bolsa que permitirá a construção de prédios acima do permitido.
Durante painel pela manhã na Urbis, especialistas discutiram um tema ligado ao aperto financeiro por que passa a prefeitura: "Cidades como Motores do Desenvolvimento Econômico".
Um dos debatedores, o ex-diretor da divisão urbana do Banco Mundial Michael Cohen, defendeu que a prefeitura mantenha os investimentos, ainda que o endividamento esteja em níveis altos.
"As cidades precisam de políticas neo-keynesianas [com papel mais intervencionista do Estado, menos liberal], que promovam o desenvolvimento econômico. Isso não pode ser deixado só para o Ministério da Fazenda", disse.
Para Cohen, "São Paulo tem de continuar a investir". "Se não continuar a gastar, jamais será capaz de pagar suas dívidas. Como foi lembrado na Argentina, mortos não pagam dívidas."


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