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Endividamento é destaque na Urbis
DA REPORTAGEM LOCAL
O jeito para administrar São
Paulo é "ser criativo", porque "é
uma cidade engessada [financeiramente] pelos próximos 30
anos". A avaliação foi feita pela
própria prefeita Marta Suplicy, na
Urbis, feira internacional de cidades, no Expo Center Norte.
Como exemplo dessa "criatividade", a petista citou o lançamento anteontem do Cepac (Certificado de Potencial Adicional de
Construção), título negociado em
Bolsa que permitirá a construção
de prédios acima do permitido.
Durante painel pela manhã na
Urbis, especialistas discutiram
um tema ligado ao aperto financeiro por que passa a prefeitura:
"Cidades como Motores do Desenvolvimento Econômico".
Um dos debatedores, o ex-diretor da divisão urbana do Banco
Mundial Michael Cohen, defendeu que a prefeitura mantenha os
investimentos, ainda que o endividamento esteja em níveis altos.
"As cidades precisam de políticas neo-keynesianas [com papel
mais intervencionista do Estado,
menos liberal], que promovam o
desenvolvimento econômico. Isso não pode ser deixado só para o
Ministério da Fazenda", disse.
Para Cohen, "São Paulo tem de
continuar a investir". "Se não
continuar a gastar, jamais será capaz de pagar suas dívidas. Como
foi lembrado na Argentina, mortos não pagam dívidas."
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