São Paulo, sábado, 16 de junho de 2007

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Pane elétrica provoca novo caos no metrô em horário de pico

Seis estações foram fechadas total ou parcialmente e plano emergencial de transporte coletivo teve de ser acionado

Problema entre estações Liberdade e Sé ocorre um dia depois de uma greve de 14 horas e só deve ser resolvido hoje, segundo a empresa

EVANDRO SPINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dia depois da greve de 14 horas que provocou um caos no transporte coletivo e no trânsito de São Paulo, o metrô voltou ontem a ter problemas em pleno horário de pico.
Às 16h27, o rompimento de trilhos que levam energia elétrica aos trens prejudicou a operação do metrô até o fim do dia e obrigou parte dos usuários a usar ônibus ou outras alternativas de transporte. A empresa não soube informar o número de pessoas prejudicadas.
O problema foi na linha 1-azul (Jabaquara-Tucuruvi) entre as estações Liberdade e Sé e só deve ser resolvido hoje.
Quatro estações -Luz, São Bento, Liberdade e Tiradentes- foram fechadas totalmente e duas -São Joaquim e Paraíso- parcialmente para evitar acúmulo de passageiros no sistema, segundo o Metrô.
O plano emergencial de transporte coletivo foi acionado e a frota de ônibus foi reforçada paralelamente à linha 1-azul. Os usuários eram informados na entrada das estações por funcionários e, dentro delas, pelo sistema de som.
Todos os trens das linhas 1-azul, 2-verde (Vila Madalena-Imigrantes) e 3-vermelha (Itaquera-Barra Funda) funcionaram com velocidade reduzida.
Por um motivo ainda não identificado, o chamado terceiro trilho -dois trilhos sustentam os trens e outro leva a energia- rompeu em cerca de dez metros de extensão causando um curto-circuito em cabos com 750 volts de energia.
Entre as estações Liberdade e Luz, apenas uma das vias passou a funcionar. Dessa forma, os trens apenas iam ou vinham. Passageiros aplaudiam e comemoravam quando os alto-falantes anunciavam para qual destino o próximo trem seguiria.
No momento do incidente, passageiros ouviram uma explosão e, em seguida, houve muita fumaça. As luzes da estação Sé e Liberdade e do túnel que liga as duas se apagaram. Os passageiros, incluindo grávidas, só conseguiram sair do trem após cerca de 30 minutos.
Técnicos do Metrô explicaram que, apesar da alta voltagem necessária para o funcionamento do sistema, os passageiros não correm risco porque, quando há um problema desse tipo, um dispositivo de segurança é acionado automaticamente e isola os trens.


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