|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Jovem diz que apanhou e foi chamado de "veado"
DE RIBEIRÃO PRETO
O auxiliar de administração Jonathan do Prado, 19,
de Campinas, que se declara
bissexual, planeja processar
o bar Camp Chopp (centro da
cidade), com base na Lei da
Homofobia.
Ele relata que levou um
golpe na cabeça de um segurança na última sexta-feira.
Com a pancada, desmaiou e
perdeu muito sangue.
Jonathan conta que entrava no bar com uma amiga e
foi parado pelo segurança
Gustavo Rodrigues, 43, que
exigiu identidade dos dois.
"Minha amiga não estava
achando o documento na
bolsa e eu disse que era frescura pedir isso. Foi quando o
segurança disse: "Ah, é? Agora você não vai entrar, seu
veado", e me deu um tapa."
Jonathan diz que, ao se virar, levou golpes de cassetete
no braço e na cabeça. "[Amigos] pediram para me socorrer e ele disse: "Que sangre
até a morte esse veado!"
Já Mário Brito, sócio do
bar, afirma que Jonathan sacou um estilete para golpear
o segurança, que se defendeu. Quando o rapaz caiu, o
gerente do bar recolheu o estilete e o entregou à polícia.
Jonathan diz que tinha
mesmo um estilete, que usa
para trabalhar, mas a arma
foi retirada de seu bolso
quando ele caiu.
A Folha tentou, sem sucesso, ouvir o segurança. Ele
está afastado, mas, segundo
Brito, não será demitido.
Texto Anterior: Lei contra homofobia só rendeu 7 multas em 8 anos Próximo Texto: Justiça nega pedido de liberdade para Bruno e mais seis suspeitos Índice
|