DA SUCURSAL DO RIO

As denúncias sobre policiais corruptos levantadas pelo corregedor de Polícia Unificada, Aldney Zacharias Peixoto, irritaram a cúpula da Secretaria da Segurança Pública do Rio.
Ontem, o secretário Roberto Aguiar criticou o corregedor pela forma como vem conduzindo as investigações sobre as supostas irregularidades.
Peixoto tem dado publicidade às denúncias de que policiais militares e civis estariam protegendo o traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, acusado do assassinato do jornalista Tim Lopes, em 2 de junho.
"O que ele tem dito são, na verdade, opiniões, informações subjetivas que deveriam ser guardadas", disse Aguiar, que convocou Peixoto para uma reunião extraordinária ontem.
"Ou essas investigações têm vazado ou as denúncias são falsas, porque, até agora, ninguém foi preso", disse.
Peixoto, nomeado há dois meses para o cargo pelo próprio Aguiar, disse, antes da reunião com ele, saber que seu trabalho encontraria resistência, pois "incomoda".
"Meu dever é suspeitar. A corregedoria existe para fiscalizar. Quem fiscaliza desconfia, senão não fiscalizaria. Não estou criando fatos. Esses fatos existem", disse.
A assessoria da secretaria informou que o encontro trataria de "despachos internos". A reunião começou às 18h15 e continuava até a conclusão desta edição.


Texto Anterior: Rio: Suposto líder de tráfico é assassinado
Próximo Texto: Câmara: Anistia a obra irregular beneficiará templos
Índice