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CÂMARA
Proposta original previa isenção apenas a habitações de interesse social; mudança foi apresentada por evangélico
Anistia a obra irregular beneficiará templos
MELISSA DINIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Novo texto apresentado pelo vereador Atílio Francisco (PTB)
-que é bispo evangélico- para
o projeto que anistia edificações
irregulares na cidade de São Paulo
estendeu o benefício a todos os
templos religiosos.
O projeto, que foi aprovado em
primeira votação na última terça-feira, é de autoria da prefeita Marta Suplicy (PT), mas, na versão
original, a isenção de taxas para a
regularização das construções só
era prevista para habitações de interesse social.
Na nova proposta, que tem bispo Atílio como relator, também
ficam anistiadas as obras irregulares em entidades institucionais
-sejam elas públicas ou privadas-, como escolas e hospitais.
As edificações são consideradas
irregulares quando não seguem
os critérios estabelecidos por lei
sobre o coeficiente construtivo e
os recuos, por exemplo.
O projeto também concede
anistia imediata a todas as edificações com até 150 m2 de área construída. Acima disso, o proprietário deverá requerer a regularização e pagar uma taxa de R$ 3,48
por m2, além dos impostos, à Prefeitura de São Paulo.
Construções acima de 500 m2
também ficam sujeitas ao pagamento de uma contrapartida, cujo valor será baseado na Planta
Genérica de Valores.
Segundo o vereador José Mentor (PT), o projeto, que deve passar por votação definitiva na próxima semana, tem o objetivo de
preparar a cidade para o Plano
Diretor. "A idéia é que as diretrizes propostas pelo plano possam
ser aplicadas em uma cidade regularizada", disse.
Com a regularização, as construções vão passar a pagar IPTU.
Para Nabil Bonduki (PT), relator da proposta do Plano Diretor,
que também isenta os templos do
pagamento da outorga onerosa
-taxa que será paga para construir acima do permitido-, o benefício aos templos é justo.
No caso das entidades institucionais, Bonduki acredita que deveria ser feita uma modificação
para que as instituições com fins
lucrativos não sejam isentas.
Para ser aprovado, o projeto
precisa do voto de pelo menos 28
dos 55 vereadores. A bancada
evangélica tem 11 representantes.
Plano Diretor
A segunda votação do Plano Diretor, que estava prevista para ontem, foi adiada para a próxima
terça-feira. Segundo o líder do PT,
Arselino Tatto, os vereadores pediram mais tempo para analisar
as cerca de 160 emendas.
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