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Casos de contaminação em SP farão parte de relatório do Greenpeace
DA REDAÇÃO, EM CAMPINAS
Dois casos de contaminação
ambiental de responsabilidade da
Shell Brasil S.A. -Paulínia e Vila
Carioca, zona sul da capital paulista- vão ser apresentados na
Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Rio +10).
O evento está previsto para
ocorrer entre os dias 26 deste mês
e 4 de setembro, em Johannesburgo, na África do Sul.
As contaminações serão apresentadas por uma representação
do Greenpeace no Brasil em um
relatório chamado "Crimes Corporativos". "Nossa intenção é tratar o problema no âmbito internacional, até como uma maneira
de punir a empresa em todos os
países onde causou danos ambientais", disse Marcelo Furtado,
coordenador da campanha contra a poluição na América Latina e
que deve representar a organização no evento da África do Sul.
Segundo ele, os problemas ambientais e causados às pessoas que
residem ao lado das empresas
contaminantes não são custeados
por elas. "Quem paga são os contribuintes, quando, na verdade, a
conta teria de ser paga pela empresa poluidora", disse Furtado,
referindo-se ao fato de a Prefeitura de Paulínia (SP) ter custeado
exames em moradores do bairro
Recanto dos Pássaros, onde funcionava fábrica da multinacional.
Para ele, é preciso que as empresas poluidoras sejam transformadas em "pagadoras" dos danos.
A Shell admite que contaminou
a área em Paulínia, mas discute o
fato de os moradores estarem
contaminados. No caso da Vila
Carioca, a Shell faz um levantamento ambiental no local para saber a extensão da contaminação.
Segundo Furtado, os moradores do Recanto dos Pássaros encontraram dificuldades em conseguir conversar com a empresa e
só foram recebidos após investidas do Greenpeace feitas à diretoria da empresa.
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