São Paulo, sábado, 16 de outubro de 2004

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ENSINO SUPERIOR

Decisão é do Ministério da Educação

Tempo de residência em cirurgia geral e ginecologia cresce em 2006

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os formados em medicina que quiserem se especializar em cirurgia geral ou em ginecologia e obstetrícia terão de fazer um período mais longo de residência. Para o primeiro, o tempo mínimo sobe de dois anos para quatro anos. Já a especialização do segundo terá três anos, em vez de dois anos. As novas regras entram em vigor em 2006, segundo afirmou o Ministério da Educação.
A residência médica é uma pós-graduação destinada a profissionais que queiram se especializar em determinadas áreas. Ela funciona em instituições de saúde, como os hospitais, e tem a orientação de médicos da ativa. Todos os programas devem ser aprovados pelo CNRM (Conselho Nacional de Residência Médica).
Quando o estudante cumpre o programa, recebe o diploma de especialista. No ano passado, foram credenciados 20.458 vagas de residência médica, sendo 8.574 para o primeiro ano.
O conselho, que está ligado ao Ministério da Educação, decidiu, nesta semana, aumentar o período, pois considerou "que dois anos não eram suficientes para formar um cirurgião-geral", segundo nota do ministério. "O mesmo argumento foi utilizado pela comissão para ampliar a residência em ginecologia e obstetrícia", informa o texto.
Para Antônio Carlos Lopes, diretor do Departamento de Residência Médica da Secretaria de Ensino Superior do MEC, "a residência médica não é cartório para a distribuição de títulos". Ele afirma que a especialização deve envolver a "excelência" do ensino e a "responsabilidade de quem ensina de quem aprende".


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