MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS

A Polícia Civil apreendeu ontem em Limeira (150 km a noroeste de São Paulo) 53 kg de dinamite e uma granada, além de drogas e munição, em um casa no Jardim Aeroporto, periferia da cidade. Sete pessoas foram presas, sendo uma delas adolescente.
A quadrilha é acusada de comandar o tráfico de drogas em Limeira e em cidades da região. A polícia trabalha com a hipótese de que os explosivos seriam utilizados em atentados a bases da polícia ou em um resgate de presos.
A polícia investiga uma suposta ligação do bando com o PCC (Primeiro Comando da Capital). ""Temos informações de que a quadrilha seria ligada ao traficante Gibi, que foi preso no mês passado em Limeira e é um dos braços do PCC", disse o delegado seccional Aparecido Capello, de Limeira.
Segundo o delegado, Gibi está preso em uma penitenciária de Hortolândia (SP). ""Ele [Gibi] seria o responsável pelo "batismo" de novos integrantes do PCC."
A operação contou com 32 policiais, entre eles oito delegados. A equipe foi divida em oito grupos, que invadiram oito casas ao mesmo tempo.
Além dos explosivos -ou 86 bananas de dinamite-, a polícia apreendeu também nas casas 88 gramas de maconha, 108 gramas de crack, celulares, três carros, aparelhos de som, projéteis de calibre 38 e R$ 495.
O esquadrão antibombas da capital foi à cidade e começou ontem a rastrear a procedência dos explosivos, que foram fabricados no Paraná, segundo a polícia.
""Como não havia detonador com as dinamites, a granada possivelmente seria usada para provocar a explosão. Temos informações de que uma quadrilha tramava um atentado contra a Dise [Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes] de Limeira", disse o delegado Capello.
A polícia investigava o grupo havia pelo menos três meses. Na semana passada, guardas-civis de Limeira foram apedrejados quando tentavam deter um adolescente que comprava drogas em um dos bairros comandados pela quadrilha presa ontem.
A polícia busca um integrante do bando que conseguiu escapar do cerco policial. Todos os sete presos têm passagem pela polícia por roubo e homicídios, segundo o delegado seccional.


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