São Paulo, quinta-feira, 16 de novembro de 2000

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"Insônia é o corpo pedindo ajuda"

DA REPORTAGEM LOCAL

Desemprego, ansiedade, insegurança, pressões da sociedade e auto-exigências. Esse coquetel de tensões acabou resultando em insônia para o estudante H.A.D.S., 24, há aproximadamente um ano.
A saída, depois de noites de agonia, foi uma ida ao psiquiatra e a decisão de tomar um medicamento para conseguir voltar a dormir normalmente. "A falta de sono é um pedido de ajuda do organismo para que a pessoa mude seus hábitos", afirma H..
"Quando fechava os olhos, me confrontava com uma vontade de conseguir coisas, de arranjar um trabalho, de fazer tudo que não fiz nos últimos cinco anos. Acordava com palpitações e não conseguia mais dormir", conta.
Tudo começou quando ele perdeu o emprego de motorista. Apesar de não ter dívidas, H., que mora com os pais, reclama da falta de independência financeira.
Para lutar contra a falta de sono, ele já recorreu a expedientes conhecidos dos insones. Levantava, tomava um chá morno, bebia leite quente adoçado com mel, tentava ler revistas, escutava músicas de relaxamento e até rezava.
"Mas não dava muito certo. Pegava no sono por duas ou três horas, depois acordava de novo", conta. Quando começou a trocar o dia pela noite, o corpo não aguentou, e o estudante recorreu a um especialista.
Para H., há fatores psicológicos por trás da insônia, por isso quer fazer análise. Pela própria experiência, ele acha que os insones não devem se acostumar com o problema, mas lutar contra ele.


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