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"Insônia é o corpo pedindo ajuda"
DA REPORTAGEM LOCAL
Desemprego, ansiedade, insegurança, pressões da sociedade e
auto-exigências. Esse coquetel de
tensões acabou resultando em insônia para o estudante H.A.D.S.,
24, há aproximadamente um ano.
A saída, depois de noites de agonia, foi uma ida ao psiquiatra e a
decisão de tomar um medicamento para conseguir voltar a
dormir normalmente. "A falta de
sono é um pedido de ajuda do organismo para que a pessoa mude
seus hábitos", afirma H..
"Quando fechava os olhos, me
confrontava com uma vontade de
conseguir coisas, de arranjar um
trabalho, de fazer tudo que não fiz
nos últimos cinco anos. Acordava
com palpitações e não conseguia
mais dormir", conta.
Tudo começou quando ele perdeu o emprego de motorista.
Apesar de não ter dívidas, H., que
mora com os pais, reclama da falta de independência financeira.
Para lutar contra a falta de sono,
ele já recorreu a expedientes conhecidos dos insones. Levantava,
tomava um chá morno, bebia leite
quente adoçado com mel, tentava
ler revistas, escutava músicas de
relaxamento e até rezava.
"Mas não dava muito certo. Pegava no sono por duas ou três horas, depois acordava de novo",
conta. Quando começou a trocar
o dia pela noite, o corpo não
aguentou, e o estudante recorreu
a um especialista.
Para H., há fatores psicológicos
por trás da insônia, por isso quer
fazer análise. Pela própria experiência, ele acha que os insones
não devem se acostumar com o
problema, mas lutar contra ele.
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