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Atividade diurna não garante sono
DA REPORTAGEM LOCAL
Ocupar o corpo durante o dia
não significa garantia de uma noite tranquila. Assim como consumir o expediente com atividades
intelectuais não quer dizer uma
noite de insônia. A pesquisa com
os insones de sete capitais e do interior paulista mostrou que 45%
deles exercem atividade intelectual e física, 37%, só atividade física e 16%, só intelectual.
Significa que há maldormidos
em todos os setores de atividade.
Salvo algumas exceções, como em
Brasília, onde 43% deles exercem
atividade intelectual. E em Porto
Alegre, onde os mais atingidos
são os que exercem atividade física (45%).
No geral, de acordo com a pesquisa, a insônia atinge mais as
mulheres (57% contra 43% dos
homens). Os números mostram
que, entre os homens, a insônia
tende a ser mais frequente entre
os mais jovens e de maior classe
social. Já entre as mulheres, as
mais idosas e menos privilegiadas
socialmente são as mais atingidas.
A prática de exercícios físicos
parece ter importância. Do total
de 1.465 entrevistados com insônia, 52% não praticam nenhuma
atividade física. A Internet, por
sua vez, não se mostrou a vilã da
insônia, como se acreditava. Apenas 19% dos que sofrem transtorno de sono disseram acessar a Internet regularmente. Esse número salta de 9% no interior paulista
e 11% em Porto Alegre para 70%
em Brasília.
Entre os motivos das noites
maldormidas -além da situação
financeira, das preocupações do
cotidiano, dos problemas de saúde e do relacionamento familiar-, os entrevistados citaram o
barulho e certos hábitos ligados
ao sono. Dez por cento culparam
o barulho pela sua insônia, principalmente o ruído provocado por
carros, animais no quintal e brigas de vizinho. Fortaleza e Salvador ganham em preocupação
com o ruído, com 19% e 15%, respectivamente.
Entre os "maus" hábitos, citados por 8% deles, estão a hora de
ir para cama -às vezes muito cedo, às vezes muito tarde- e os
cochilos tirados ao longo do dia.
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