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Motorista não sabe explicar como sobreviveu
Reginaldo Pereira, que dirigia o caminhão que foi atingido por uma das vigas do Rodoanel, disse que foi jogado para fora do veículo
No acidente, o motorista fraturou três costelas e levou alguns pontos na cabeça; ele deixou ontem a UTI e pode sair hoje do hospital
DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL
O motorista Reginaldo Aparecido Pereira, 40, ainda não
sabe explicar como conseguiu
sobreviver ao acidente na sexta-feira passada provocado pela
queda de vigas do Rodoanel na
rodovia Régis Bittencourt.
De acordo com Anélia Aparecida Elviro Pereira, 59, seu filho
relatou que dirigia lentamente,
por causa do trânsito, quando
uma viga atingiu a carroceria de
seu caminhão. Ele, então, ouviu
um estrondo. A porta se abriu
sozinha e Pereira foi jogado para fora do caminhão. Logo depois, outra viga atingiu em
cheio a cabine do veículo. O caminhão ficou destruído.
Segundo Anélia, o motorista
disse que não abriu a porta nem
se jogou do caminhão, como
haviam afirmado inicialmente
alguns parentes e testemunhas
do acidente. "O Reginaldo não
sabe como foi jogado para fora.
Ele disse que foi a mão de Nossa
Senhora [Aparecida] que o tirou de lá", afirmou.
Ela conversou durante aproximadamente uma hora com o
filho ontem à tarde no Hospital
Geral de Pirajussara, em Taboão da Serra (Grande São Paulo), onde ele está internado.
No acidente, o motorista fraturou três costelas e levou alguns pontos na cabeça. Ele ontem saiu da UTI (unidade de terapia intensiva) e pode deixar o
hospital ainda hoje.
Pereira é casado em mora em
Osasco. O cunhado, Alex Gomes, 30, diz que um dos trabalhos de Pereira é transportar
terra justamente para as obras
do Rodoanel.
Na hora do acidente, segundo
o cunhado, ele voltava de uma
oficina que havia instalado um
alarme no veículo. O caminhão,
que era novo e pertence à empresa onde ele trabalha.
Segundo Anélia, seu filho é
católico fervoroso -devoto de
Nossa Senhora Aparecida- e
dirige caminhão há 20 anos.
Até então, Pereira havia sofrido apenas um acidente, no
início da carreira, quando bateu num poste. "Ele estava
aprendendo a dirigir caminhão.
Fiquei assustada [naquela época], mas não foi nada parecido
com o acidente de agora."
Outras vítimas
Além de Pereira, outras duas
pessoas também se feriram por
conta do desabamento da obra
do Rodoanel: a bancária Luana
Augusto Coradi e o ferramenteiro Carlos Fernando Rangel,
que continua internado (leia
texto nesta página).
A bancária, que já está em casa, afirmou ontem que vai entrar em contato com Pereira e
Rangel para falar sobre o acidente. "Quero saber o que eles
estão sentindo. Como estão
passando estes dias. Vou ligar
para eles amanhã [hoje]", disse.
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