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Alvo da PF, Carlinhos é reeleito na Câmara
Vereador do PR obtém a aprovação de 54 dos 55 parlamentares para presidir o Legislativo paulistano pela quarta vez
Parlamentar é um dos investigados pela Polícia Federal sob a acusação de recebimento de propina da empresa Camargo Corrêa
DA REPORTAGEM LOCAL
O vereador Antonio Carlos
Rodrigues (PR) foi reeleito ontem presidente da Câmara paulistana para um inédito quarto
mandato. Pelo regimento, só
pode haver uma reeleição por
legislatura. Ele ocupou o cargo
nos dois últimos anos da legislatura anterior (2005-2008) e
se manterá nos dois primeiros
da atual (2009-2012).
Na semana passada, o vereador foi acusado pela Polícia Federal de receber propina da
construtora Camargo Corrêa
para interceder no Conpresp
(órgão municipal de preservação do patrimônio histórico)
pela liberação de um terreno.
Em 1992, quando presidia a
EMTU (Empresa Municipal de
Transportes Urbanos), ele foi
acusado de improbidade administrativa. Neste ano, o Ministério Público Eleitoral questionou doações de campanha feitas pela AIB (Associação Imobiliária Brasileira), que serviria
de fachada ao Secovi (sindicato
do setor). A lei proíbe que sindicatos façam doações eleitorais.
Carlinhos, como é conhecido,
recebeu R$ 240 mil da AIB.
"Acho que todos vocês sabem
que só se é condenado quando a
sentença transitar em julgado.
Há palhaços que ficam falando
bobagem", afirmou. Ele disse
ainda que não queria ser candidato. "Eu não quis. Eu não sou
egoísta [para me manter tantos
anos no cargo]. Eu aceitei a pedido dos meus colegas" disse.
Líder do "centrão" -bloco
composto por DEM, PMDB,
PR, PV, PTB, PP e PSB-, Carlinhos foi o único postulante à
presidência e foi eleito com o
voto de 54 dos 55 vereadores
-só Cláudio Fonseca (PPS)
não votou. Ele disse que pretende se candidatar a deputado
federal nas eleições de 2010.
Também foram eleitos para a
Mesa Diretora Dalton Silvano
(PSDB), que se manteve como
1º vice; Celso Jatene (PTB), como 2º vice no lugar de Paulo
Frange (PTB); Chico Macena
(PT), como 1º secretário no lugar de Francisco Chagas (PT); e
Milton Leite (DEM), que segue
2º secretário.
(MARIANA BARROS)
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