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Criança é internada na BA com 50 agulhas no corpo
Polícia descarta ingestão acidental e diz buscar culpado; mãe acusa padrasto
Menino de dois anos foi internado após vomitar e sentir dores na barriga; hospital afirma que o estado de saúde dele é grave
MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Um garoto de dois anos foi
internado em estado grave em
Barreiras, no oeste da Bahia, a
858 km de Salvador, com 50
agulhas espalhadas pelo corpo.
Uma delas perfurou o pulmão
da criança.
O menino foi internado na
madrugada do último domingo
após ter vomitado e reclamado
de dores na barriga. As agulhas
de costura, cada uma com 4,5
cm de comprimento, foram encontradas pelos médicos após
exames de raio-X.
A família não soube explicar
como elas foram parar no corpo
do garoto. Segundo a equipe
médica do hospital do Oeste, a
presença de agulhas na perna e
no pescoço do garoto indicam
que foram introduzidas através
da pele.
Uma das agulhas chegou a
perfurar um dos pulmões, o
que fez a equipe médica inserir
um dreno no corpo do menino
para evitar mais danos ao aparelho respiratório.
Exames de radiografia indicaram também a presença de 17
agulhas no aparelho digestivo
do garoto, que podem ter sido
engolidas. Para impedir a perfuração de outros órgãos vitais,
os médicos planejam uma cirurgia para retirá-las.
De acordo com a assessoria
de imprensa do hospital, o garoto está consciente e respira
sem a ajuda de aparelhos, apesar de o estado de saúde ser
considerado grave. Ele está internado na UTI (Unidade de
Terapia Intensiva).
O caso foi registrado na delegacia de Ibotirama, município
onde a família mora, que fica
próximo a Barreiras. Três pessoas já prestaram depoimento.
A mãe do garoto, que trabalha como agricultora e tem outros cinco filhos, afirmou à polícia que o padrasto pode ter
usado a criança numa espécie
de ritual de magia negra.
Segundo o delegado Helder
Santana, o padrasto negou em
depoimento que tenha introduzido as agulhas no corpo da
criança, assim como a participação em suposto ritual.
"Uma coisa é certa: alguém
colocou as agulhas na criança.
Descartada a ingestão acidental, resta descobrir quem fez isso e por qual motivo. Tenho 20
anos de profissão e nunca vi um
caso tão absurdo como esse",
afirmou Santana.
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