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VIOLÊNCIA
Ambientalista francês morre após sofrer agressões no Pará
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Um biólogo francês que
defendia a preservação da
Amazônia morreu anteontem em decorrência de
agressões sofridas em sua casa, em Santo Antônio do
Tauá (65 km de Belém). Pierre Edward Jauffret, 72, havia
sofrido traumatismo craniano há 15 dias, provocado por
golpes na cabeça.
Ele foi encontrado ainda
com vida por um de seus filhos na porta de sua casa, que
fica dentro de uma reserva
de 25 hectares, da qual era o
dono. Levado para Belém, foi
internado, mas não resistiu.
Nascido em Toulon, o
francês chegou ao Brasil em
1963. Era especializado no
estudo de borboletas da região, das quais tinha uma coleção científica. Casou-se
com uma brasileira e foi morar em Santo Antônio do
Tauá em 1976.
Segundo o filho Jacques
Jauffret, que também é biólogo, ele e seu pai vinham sofrendo ameaças de morte havia mais de um ano, por conta de suas tentativas de evitar
o desmatamento e a degradação ambiental na área.
Um inquérito foi aberto
para investigar as agressões.
Até agora, a Polícia Civil trabalha com a hipótese aventada por testemunhas de que o
francês foi morto por homens que faziam uma festa
próximo à reserva e discutiram com o ambientalista.
A família contesta a versão
e diz que essa possibilidade
serve apenas para acobertar
as causas reais do crime.
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