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Islândia autoriza extradição de Hosmany
Depois de negar refúgio político ao ex-cirurgião plástico, governo islandês atendeu ao pedido brasileiro; ele já recorreu
Foragido, Hosmany está preso na Islândia desde agosto; ele fugiu da prisão no Brasil durante a saída temporária de fim de ano
DA FOLHA ONLINE
O governo islandês negou o
refúgio político solicitado pelo
ex-cirurgião plástico Hosmany
Ramos, 61, preso na Islândia
desde 13 de agosto, e autorizou
sua extradição para o Brasil.
O Ministério da Justiça disse
ontem ter recebido comunicado da embaixada brasileira em
Oslo (Noruega), que representa
o Brasil na Islândia, informando a decisão do governo islandês. Agora, aguarda documento
oficial com mais detalhes e a data da viagem.
O advogado Marco Antônio
Arantes de Paiva, que defende
Hosmany, disse que ainda não
teve acesso à decisão, mas que
defensores do ex-cirurgião na
Islândia já recorreram.
Considerado foragido da Justiça brasileira desde janeiro,
Hosmany Ramos foi preso na
Islândia em agosto ao tentar entrar no país usando o passaporte do irmão, já morto.
O ex-cirurgião disse à imprensa local sentir-se "ameaçado" caso voltasse ao seu país natal. O governo do Brasil enviou
então à polícia islandesa uma
cópia do mandado de prisão e
pediu a extradição.
Hosmany Ramos cumpria
pena de prisão por homicídio,
roubo de joias e carros, tráfico
de drogas e contrabando.
Ele estava em regime semiaberto na Penitenciária de Valparaíso (SP) e foi liberado na
saída temporária do final de
ano. Deveria se reapresentar
em 3 de janeiro, mas anunciou
que não voltaria à prisão.
Após a fuga, passou uma temporada na casa do filho na Noruega. Ele disse que vivia na Europa com o dinheiro dos direitos autorais de seus livros.
No fim de maio, mesmo foragido, lançou o romance policial
"O Goleador - Morte e Corrupção no Futebol".
Celebridades
Especializado em cirurgia
plástica, Hosmany Ramos chegou a trabalhar na clínica de Ivo
Pitanguy, de quem foi aluno.
Namorou celebridades e frequentou colunas sociais até
que, nos anos 1980, envolveu-se com roubo de carros e joias e
respondeu a acusações de assassinatos, sendo condenado
na época a 57 anos de prisão.
Em 1996, fugiu da cadeia durante uma saída temporária. Foi
capturado 45 dias depois, após
participar de um sequestro.
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